Take rates e subsídios no e-commerce brasileiro: um cenário em transformação

Take rates e subsídios no e-commerce brasileiro: um cenário em transformação

Os principais players do e-commerce brasileiro estão revisando suas políticas de take rates e subsídios, em resposta a um conjunto de desafios e tendências.
e-commerce comércio vendas

A dinâmica do e-commerce no Brasil tem sido objeto de atenção especial após o “episódio das Americanas” no início de 2023, que levantou questões sobre a trajetória do setor. Nos últimos anos, os players de e-commerce adotaram estratégias agressivas, oferecendo take rates e subsídios generosos para estimular o crescimento, especialmente à medida que as vendas se estabilizavam após um boom em 2020. No entanto, fatores como o aumento das taxas de juros e dos custos logísticos no Brasil levaram algumas empresas a revisar suas políticas de take rates, com ajustes que variam de acordo com diversos fatores, tornando a comparação entre os players do mercado mais desafiadora.

Principais Players e Suas Políticas de Take Rates:

  • Mercado Livre (MELI): Mantém uma taxa de take rate de 11-14% em seu plano “clássico”, com variações de acordo com os produtos vendidos. Também cobra uma comissão fixa de R$ 6 por unidade em produtos abaixo de R$ 79. Oferece três planos (grátis, clássico e premium), cada um com diferentes benefícios e comissões de venda. Além disso, o MELI oferece frete grátis para compras acima de R$ 79 e subsídios de até 50% para vendedores com base em sua reputação ou status de loja oficial da marca.
  • Via: Cobra um dos take rates mais altos do setor, variando de 18,5% a 21%. Oferece frete grátis em vendas acima de R$ 69,9 para vendedores que utilizam seus serviços de logística via Envvia, com subsídios de até 80% nos custos de envio com base na classificação do vendedor.
  • Magazine Luiza: Opera com taxas de take de 10,8-14,8%, dependendo do nível de vendas dos vendedores em sua plataforma. Cobra uma taxa fixa de R$ 5 para vendas acima de R$ 10 e oferece frete grátis para produtos acima de R$ 79 para quem utiliza o Magalu Entregas, com subsídios que variam de 0% a 50% com base no desempenho do vendedor.
  • Amazon: Apresenta take rates entre 8% (para produtos como eletrodomésticos) e 15% (para vestuário e calçados).
  • Shopee: Mantém um take rate médio de 14%, com uma taxa adicional de R$ 3 por item a partir de outubro de 2023 para vendedores que não aderirem ao programa de remessa gratuita. Limita o valor máximo a ser pago em comissões pelos vendedores em R$ 100.

Tendências e Perspectivas Futuras:

O cenário do e-commerce no Brasil enfrenta uma série de desafios e tendências:

  1. Crescimento mais lento do GMV: Espera-se um crescimento mais lento do Gross Merchandise Volume (GMV), refletindo uma renda disponível menor e restrições de capital.
  2. Foco na lucratividade: Há uma tendência de maior foco na lucratividade, o que implica menos ênfase em categorias não lucrativas e possivelmente em take rates mais altos.
  3. Consolidação do mercado: Prevê-se uma maior consolidação do mercado entre alguns players, impulsionada por um cenário macroeconômico desfavorável.
  4. Engajamento dos usuários: O sucesso das plataformas de e-commerce na América Latina dependerá do engajamento dos usuários, incluindo taxas de conversão e monetização mais elevadas.

No contexto dessas tendências, o Mercado Livre (MELI) se destaca como uma escolha principal devido ao seu ecossistema sólido e melhoria da rentabilidade. A empresa está à frente da concorrência, com um crescimento médio de 26% no Lucro por Ação (LPA) em USD nos últimos 4 anos, justificando seu valuation premium.

À medida que o mercado de e-commerce continua a evoluir, a busca por racionalidade e lucratividade está moldando as políticas de preços e subsídios dos players, refletindo um setor em constante transformação.

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