S&P 500 e Nasdaq registraram fortes ganhos nesta quarta-feira (23), impulsionados pelas negociações comerciais entre os Estados Unidos e países parceiros estratégicos. O avanço dos dois principais índices de tecnologia de Wall Street reflete o otimismo renovado após dias de tensão provocados pelas políticas tarifárias do presidente Donald Trump.
O S&P 500 fechou com alta de 0,78%, atingindo 6.358,91 pontos — novo recorde nominal. Já o Nasdaq avançou 0,61%, encerrando a sessão aos 21.020,02 pontos, também em sua máxima histórica. Com isso, os dois índices consolidam um mês de forte desempenho em meio à aproximação dos EUA com grandes economias globais.
Acordo entre EUA e Japão impulsiona os mercados
O catalisador do otimismo foi o acordo firmado entre Estados Unidos e Japão, que prevê uma tarifa recíproca de 15% sobre os produtos japoneses — abaixo dos 25% originalmente anunciados por Trump. Além disso, o Japão se comprometeu a investir US$ 550 bilhões em território americano, com foco em setores como semicondutores, energia, defesa e saúde.
O pacote de investimentos será gerido diretamente pela Casa Branca, que enfatizou a importância estratégica de diversificar as cadeias produtivas e fortalecer setores de infraestrutura crítica.
Investidores esperam novos acordos com Europa e China
Além do Japão, os EUA também anunciaram acordos com Filipinas e Indonésia, com taxação moderada de 19% sobre seus produtos e isenção para exportações americanas. O movimento abre espaço para um possível acordo com a União Europeia, que segundo o Financial Times, pode ser fechado ainda esta semana, prevendo reduções tarifárias em setores como aviação, bebidas e tecnologia médica.
No radar dos investidores também está a China. Representantes dos dois países devem se reunir na Suécia na próxima semana. A expectativa é que um acordo semelhante ao firmado com o Japão seja discutido.
IA e resultados corporativos também sustentam a alta
Outro ponto que impulsionou S&P 500 e Nasdaq foi o anúncio de um novo plano para desregulamentação da inteligência artificial nos EUA. A Casa Branca pretende flexibilizar regras para facilitar exportações de tecnologia, fortalecendo as empresas americanas em meio à corrida global pela liderança em IA.
Além disso, o mercado está atento aos resultados corporativos de grandes nomes da tecnologia. Alphabet (Google) e Tesla divulgam seus balanços trimestrais após o fechamento do pregão. O desempenho dessas empresas pode influenciar diretamente os próximos movimentos dos índices.