Sanções dos EUA ao Banco do Brasil podem paralisar R$ 2 trilhões em ativos

Sanções dos EUA ao Banco do Brasil ameaçam paralisar R$ 2 trilhões em ativos, salários, crédito rural e exportações já em 2025.
sanções dos EUA ao Banco do Brasil

O Banco do Brasil é a espinha dorsal do sistema financeiro nacional. Fundado em 1808, com mais de dois séculos de atuação e presença em 20 países, administra ativos que superam R$ 2 trilhões. Seu papel vai desde o pagamento de servidores públicos até o financiamento agrícola de grande escala, passando ainda pelo suporte às exportações brasileiras.

No entanto, o banco entrou no radar do Departamento do Tesouro dos . Segundo o advogado Davi Aragão, há risco de aplicação de sanções secundárias com base na Lei Magnitsky, legislação americana criada em 2012 para punir entidades acusadas de apoiar violações democráticas ou atores já sancionados. Caso se concretizem, os efeitos podem paralisar parte da .

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O que representam os R$ 2 trilhões do Banco do Brasil

O número de R$ 2 trilhões corresponde ao total de ativos administrados pelo Banco do Brasil, incluindo carteira de , investimentos, depósitos de clientes, operações de câmbio e serviços ligados ao financiamento agrícola e às exportações. Esses ativos formam a base do fluxo diário que sustenta a economia nacional.

Caso as sanções dos EUA sejam aplicadas, o bloqueio não ocorreria sobre os ativos em si, mas sobre a capacidade de movimentá-los. Isso significa que salários, repasses sociais, liquidações de exportações e financiamentos agrícolas poderiam ser paralisados por estarem vinculados ao sistema internacional de compensação.

Na prática, os R$ 2 trilhões representam o “motor” que garante o funcionamento cotidiano da economia brasileira. Se o Banco do Brasil perder acesso às redes globais, esse motor pode ser engessado, gerando um efeito dominó em salários, colheitas e exportações.


O que são sanções secundárias?

As sanções primárias, aplicadas em julho de 2025, já atingiam pessoas e instituições específicas ligadas ao Brasil. Agora, as chamadas sanções secundárias ampliam o impacto porque punem qualquer instituição internacional que mantiver laços com o Banco do Brasil.

Na prática, isso significaria desconectar o Banco do Brasil do sistema financeiro global, bloqueando operações de compensação e transferências internacionais. Essa ruptura afetaria diretamente a liquidação de exportações, pagamentos de e o fluxo de crédito rural.


Impacto imediato para a economia

O primeiro efeito seria sobre milhões de diárias. Salários de servidores, aposentadorias e repasses de programas sociais poderiam ser comprometidos.

O financiamento agrícola, um dos pilares da atuação do Banco do Brasil, também seria paralisado, atingindo desde pequenos produtores até grandes exportadores.

Especialistas alertam que a safra de 2026 poderia ser comprometida, elevando custos internos e reduzindo a competitividade internacional do agronegócio brasileiro.

Como consequência, haveria reflexos no preço dos alimentos, no mercado de commodities e na .


Exportações sob ameaça

O Banco do Brasil é peça-chave para liquidações internacionais de produtos estratégicos como soja, minério de ferro e petróleo.

Sem acesso pleno às redes bancárias globais, exportadores ficariam sem receber e contratos poderiam ser rompidos, prejudicando empresas e o saldo cambial.

A Europa e os Estados Unidos poderiam aumentar a pressão diplomática, forçando o Brasil a buscar alternativas em sistemas financeiros paralelos, como os de bancos estatais chineses e russos.


Repercussões políticas e diplomáticas

Segundo o advogado Davi Aragão, uma sanção desse porte não seria apenas contra um banco, mas contra toda a financeira do Brasil.

O efeito seria comparável a um bloqueio parcial, sem precedentes desde a redemocratização.

O governo teria de reagir com medidas emergenciais, como a criação de mecanismos de compensação paralelos, acordos com aliados estratégicos e mudanças em sua externa. Mas qualquer movimento nesse sentido poderia aumentar o atrito com os EUA e a União Europeia.


O risco de colapso cotidiano

Mais do que um embate entre governos, o risco recai sobre a vida prática dos brasileiros.

Trabalhadores podem ficar sem salário, produtores sem crédito e exportadores sem liquidação internacional.

Não se trata de uma crise bancária comum, mas de um ataque direto ao coração financeiro do país.

Esse cenário levanta questionamentos sobre a resiliência do sistema financeiro nacional e até onde a pressão internacional pode afetar a rotina econômica de milhões de pessoas.

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