O Banco de Brasil divulgou seus resultados do 4T2023, mas as ações tiveram forte queda na abertura. No entanto, os especialistas alertam para um aumento significativo na Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) em 52,8%, o que resultou em um crescimento mais modesto da receita líquida, de apenas 5,8%.
Além disso, as despesas da instituição também subiram, alcançando um aumento de 6,4%, levantando preocupações sobre a eficiência operacional do banco.
Embora as expectativas fossem de uma redução no lucro, o banco registrou um aumento, beneficiado por quase 2 bilhões de reais em créditos fiscais, impulsionando os ganhos.
No entanto, nem tudo são boas notícias, com o índice de Basileia do banco diminuindo quase 1 ponto percentual, indicando uma redução na proteção financeira da instituição.
A análise dos spreads bancários também revela uma queda, o que poderia ser interpretado como uma estratégia de atrair clientes menos arriscados. No entanto, a queda nos spreads em conjunto com o aumento da PDD levanta questões sobre a saúde da carteira de crédito do banco.
Além disso, mesmo com uma redução na inadimplência do sistema financeiro em geral, a inadimplência ajustada pelo efeito da parceria com a empresa Americanas aumentou no último trimestre.
Esses números refletem um cenário que pode indicar a desaceleração do setor agrícola, afetando os resultados do banco. Com base nas projeções para 2024, alcançar as metas estabelecidas pelo banco pode ser um desafio, dadas as circunstâncias atuais e os números apresentados. A realização dessas metas seria considerada excepcional, mas diante do panorama atual, sua concretização pode não estar tão próxima quanto previsto.