Qual o risco de investir em Ações do Varejo?

Qual o risco de investir em Ações do Varejo?

Descubra os principais riscos de investir em ações do varejo em 2025 e veja como a volatilidade do mercado e taxas de juros afetam empresas como Magazine Luiza e Renner. Saiba como mitigar riscos com estratégias de diversificação.
Ações do Varejo

O mercado varejista brasileiro vive um momento desafiador, repleto de incertezas macroeconômicas e flutuações nas taxas de juros. Com o aumento da aversão ao risco, muitos investidores questionam se vale a pena manter suas aplicações nesse setor. Este artigo se propõe a abordar os principais riscos envolvidos e como essas variáveis impactam a performance das ações do varejo.


Cenário Macroeconômico e a Pressão das Taxas de Juros

O cenário econômico atual é caracterizado por altas taxas de juros, que influenciam diretamente o consumo e o endividamento das empresas. O aumento das taxas eleva o custo de capital, dificultando a obtenção de crédito e impactando as margens de lucro das empresas de varejo.

Além disso, a desaceleração do consumo reduz o fluxo de caixa das companhias, o que, em muitos casos, leva a uma necessidade de desalavancagem. De acordo com o relatório do BTG Pactual, a mediana do P/L (preço/lucro) das empresas do setor caiu para 10x em 2025, uma queda significativa em relação à média histórica de 17x nos últimos cinco anos​.


Medindo o Risco: A Influência do Beta

Uma forma de avaliar o risco das ações é por meio do “beta”, que mede a sensibilidade de um ativo em relação ao mercado. Quanto maior o beta, maior a volatilidade da ação em comparação ao índice de referência (como o Ibovespa).

Segundo o estudo, o beta médio das ações do varejo foi calculado em diferentes períodos:

Período Beta do Setor Correlação com o Mercado
1 ano 1,41 0,7
5 anos 1,13 0,85
10 anos 0,89 0,7

Esses dados mostram que, em momentos de curto prazo, as ações de varejo tendem a ser mais voláteis. Em contrapartida, no longo prazo, o impacto das flutuações tende a ser diluído​.

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Desempenho de Empresas com Alto Beta

Empresas como Magazine Luiza (MGLU), Casas Bahia e CVC apresentam betas elevados, o que significa que são mais suscetíveis a mudanças bruscas no mercado. Esses players, que realizaram IPOs mais recentes (entre 2019 e 2021), também enfrentam maior volatilidade devido ao histórico curto de negociação​.

Por outro lado, empresas como Lojas Quero-Quero e C&A, apesar de terem betas elevados, apresentam melhor desempenho operacional em certos trimestres, o que pode suavizar os impactos negativos em períodos de alta volatilidade.


Custo de Oportunidade em um Ambiente Volátil

O custo de oportunidade refere-se ao retorno potencial perdido ao optar por um investimento em detrimento de outro. No atual contexto de juros elevados, muitos investidores têm preferido ativos de renda fixa com retornos previsíveis e menor risco.

Além disso, o relatório aponta que muitos fundos de investimento têm realizado resgates, o que aumenta ainda mais a pressão sobre as ações do varejo. O fluxo de saída prejudica a liquidez das ações e pode resultar em quedas abruptas de preço, sobretudo para empresas com baixa alavancagem financeira e sem capacidade de responder rapidamente às mudanças​.


Perspectivas para o Setor de Varejo

Apesar das dificuldades, há sinais positivos. O relatório do BTG destaca que algumas empresas do setor têm conseguido reduzir sua alavancagem financeira, aproveitando o momento para ajustar seus passivos e fortalecer suas operações. O quarto trimestre de 2024 foi marcado por um aumento na receita líquida e melhorias nas margens de lucro.

Empresas com fundamentos sólidos e baixa exposição a endividamento, como Renner e Grupo Mateus, podem oferecer maior previsibilidade e segurança para os investidores. Contudo, o sucesso dessa estratégia depende de uma recuperação consistente do consumo interno e de políticas econômicas que favoreçam o crescimento​.


Como Mitigar os Riscos ao Investir em Ações do Varejo?

Investir em ações do varejo pode ser uma estratégia lucrativa, mas é fundamental adotar medidas para mitigar os riscos envolvidos:

  1. Diversificação da Carteira: Evitar concentrar investimentos em apenas um setor ou empresa.
  2. Análise de Fundamentos: Priorizar empresas com histórico de boa gestão e resultados consistentes.
  3. Acompanhamento do Mercado: Monitorar indicadores econômicos, como taxa Selic e inflação, que impactam diretamente o desempenho do varejo.
  4. Atenção ao Beta: Avaliar o beta das empresas para entender o nível de volatilidade que se está disposto a enfrentar.

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Oportunidade ou Risco?

O investimento em ações do varejo exige cautela e uma análise criteriosa dos riscos e das oportunidades. Embora os múltiplos estejam atrativos em comparação aos últimos anos, o ambiente macroeconômico adverso aumenta o nível de incerteza. Assim, investidores devem avaliar seus objetivos de longo prazo e considerar alternativas que ofereçam um equilíbrio entre risco e retorno. Para quem está disposto a enfrentar a volatilidade, o setor pode representar uma oportunidade interessante, desde que com estratégias bem definidas e diversificação adequada.

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