Resultados do 2T25 da Hapvida: lucro em queda e sinais de recuperação

Resultados do 2T25 da Hapvida mostram lucro pressionado por efeitos não recorrentes, mas avanço operacional
Resultados do 2t25 da Hapvida

A divulgação dos do 2T25 da Hapvida (HAPV3) trouxe dados mistos, impactados por efeitos não recorrentes, mas também mostrou sinais positivos de recuperação operacional. A companhia enfrentou obstáculos relevantes neste segundo trimestre de 2025, mas manteve estabilidade em algumas frentes estratégicas.

Visão geral dos resultados do 2T25 da Hapvida

A receita líquida da Hapvida cresceu 7% em comparação anual, totalizando R$ 7,67 bilhões, impulsionada por um sólido aumento no ticket médio. Os da Hapvida foram influenciados por diversas ocorrências não recorrentes, como R$ 137 milhões em cobranças atrasadas do SUS e R$ 65 milhões em provisões extraordinárias.

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Apesar disso, houve efeitos positivos, como a reversão de R$ 26 milhões ligados à aquisição da Clinipam e o reembolso de R$ 22 milhões de um acionista vendedor da Greenline. Com esses ajustes, o ajustado teria sido de R$ 858 milhões, ficando 4% abaixo da estimativa dos analistas.

Sinistralidade e crescimento orgânico

A sinistralidade da Hapvida se manteve sob controle, fechando o trimestre em 71%, o que representa uma alta de apenas 50 bps na comparação anual e ficou abaixo das expectativas do mercado. Além disso, a empresa apresentou crescimento orgânico de 58 mil beneficiários, número acima da estimativa de perda de 18 mil. O destaque foi o segmento corporativo, responsável por 80 mil novos beneficiários.

Impacto nos lucros e provisões judiciais

As despesas financeiras líquidas cresceram 34% em relação ao trimestre anterior, atingindo um aumento de 80% ano a ano, impactadas por variações monetárias ligadas às cobranças do SUS. Isso levou o líquido ajustado a cair 69% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 149 milhões.

Por outro lado, os resultados do 2T25 da Hapvida mostraram sinais de estabilização nas provisões judiciais. Os depósitos cíveis cresceram menos que no 1T, e as provisões para perdas prováveis mantiveram-se em 2,9% da receita, indicando melhora nas relações judiciais e nos acordos legais da empresa.

Alavancagem e fluxo de caixa

O fluxo de caixa operacional após capex foi de R$ 302 milhões, praticamente estável em comparação ao mesmo trimestre de 2024. A ívida líquida da Hapvida caiu para R$ 4 bilhões, mas a alavancagem subiu levemente, indo de 0,98x para 1,0x na relação Dívida Líquida/EBITDA.

Expectativas para os próximos trimestres

Mesmo com os impactos no lucro, analistas mantêm recomendação de compra para HAPV3, considerando que os ativos continuam descontados. A capacidade de execução da empresa será essencial para destravar valor nos próximos trimestres. Os principais catalisadores positivos incluem o crescimento orgânico, o controle da sinistralidade e a estabilização das métricas jurídicas.

Os resultados do 2T25 da Hapvida reforçam que a empresa enfrenta um cenário desafiador, mas com fundamentos operacionais em recuperação. O controle da sinistralidade e a retomada do crescimento orgânico são sinais importantes de que a companhia está no caminho certo, mesmo diante de impactos não recorrentes no curto prazo.

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