Os Resultados do 1T25 do Nubank foram anunciados após o fechamento do mercado e surpreenderam positivamente ao apresentar um lucro líquido GAAP de US$ 557 milhões, representando um crescimento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 27,4%, o que reforça o bom desempenho da companhia mesmo em um ambiente de maiores provisões para perdas e investimentos agressivos em novos mercados como México e Colômbia. Esses números vieram 4% acima das estimativas de alguns analistas e praticamente em linha com o consenso do mercado. O bom desempenho foi impulsionado principalmente pela retomada do crescimento da receita após uma leve desaceleração no 3T24, com destaque para a expansão do crédito pessoal sem garantia e a reativação da operação de financiamento via PIX. Sem dúvidas, os resultados do 1T25 do Nubank consolidam o banco digital como um player estratégico no setor financeiro.
Crescimento da base de clientes e PIX como destaque
O banco encerrou o trimestre com 118,6 milhões de clientes ativos, dos quais 104,6 milhões no Brasil — número que representa 59% da população adulta do país. No México, o Nubank atingiu 11 milhões de clientes, o que equivale a 12% da população adulta, enquanto na Colômbia o número chegou a 3 milhões, ou 8% da população adulta. A atuação internacional, especialmente nesses dois mercados, é estratégica para o crescimento do banco e tem recebido investimentos consideráveis, o que impacta temporariamente o custo de capital. Os resultados do 1T25 do Nubank refletem essa estratégia de expansão global.
O produto de financiamento via PIX, que havia sido temporariamente pausado em setembro de 2024 para ajustes de comunicação, voltou com força total. Desde então, a penetração do produto entre os usuários ativos de cartão de crédito no Brasil subiu de 38% para 43%, enquanto a originação mensal do financiamento via PIX cresceu 21%. Isso mostra uma resposta positiva dos clientes e reforça o papel do Nubank na popularização de soluções de crédito digital. Esses dados estão entre os destaques dos resultados do 1T25 do Nubank.
Carteira de crédito ultrapassa US$ 24 bilhões
A carteira total de crédito do Nubank atingiu US$ 24,1 bilhões, com crescimento de 40% em relação ao ano anterior. A maior parte do avanço veio da carteira de empréstimos pessoais e para PMEs, com originação de R$ 20,2 bilhões no trimestre. Dentro desse montante, R$ 17 bilhões foram oriundos de crédito sem garantia e R$ 2 bilhões de empréstimos com garantia — estes últimos afetados por uma instabilidade técnica que interrompeu por dez dias o acesso ao sistema de FGTS. A carteira de cartão de crédito cresceu 3% trimestre a trimestre, atingindo US$ 16,3 bilhões, o equivalente a 67,4% da carteira total. A proporção remunerada dessa carteira subiu 2 pontos percentuais, indo para 35%, bem acima da média de mercado, que gira em torno de 22%.
Margem financeira pressionada fora do Brasil
A receita líquida de juros alcançou R$ 1,8 bilhão, uma alta de 5% em relação ao trimestre anterior, mas ainda 3% abaixo das estimativas, impactada por uma mudança no mix geográfico, já que México e Colômbia têm custos mais elevados de captação. Ainda assim, a margem financeira no Brasil subiu 70 pontos-base, atingindo 21,8%. O spread consolidado caiu para 17,5%, refletindo a pressão cambial e o maior peso dos mercados emergentes no portfólio do banco. Mesmo assim, os resultados do 1T25 do Nubank demonstram resiliência operacional.
Inadimplência sob controle e cobertura robusta
No que diz respeito à inadimplência, os dados foram positivos. O índice de atraso acima de 90 dias caiu 50 pontos-base no Brasil, chegando a 6,5%, enquanto a formação de inadimplência também teve queda, encerrando o trimestre em 3,1%. O índice de cobertura para inadimplência superior a 90 dias subiu 19 pontos, chegando a 234%, o que mostra robustez nos mecanismos de proteção contra perdas. Mesmo com o aumento das provisões em 21%, o banco conseguiu sustentar margens saudáveis e manter o risco sob controle. Esses aspectos reforçam a qualidade dos resultados do 1T25 do Nubank.
Receita com serviços e controle de custos reforçam eficiência
A receita com tarifas e prestação de serviços chegou a US$ 516 milhões, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa receita foi impulsionada pelas tarifas de intercâmbio e pelos encargos por atraso. O volume transacionado com cartões foi de US$ 30,4 bilhões, com leve queda de 1% no trimestre, mas um aumento expressivo de 33% na comparação anual. Os custos operacionais caíram 13% devido a um efeito pontual de R$ 47 milhões ligados à reclassificação de ativos fiscais, mas mesmo sem esse impacto, o Nubank mostrou disciplina, reduzindo as despesas em 6%. O índice de eficiência recorrente caiu para 26,7%, uma melhora de 3,2 pontos percentuais, o que demonstra capacidade de escalabilidade do modelo de negócio. Os resultados do 1T25 do Nubank comprovam a eficácia dessa gestão.
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Perspectivas positivas para o segundo trimestre
Olhando para o futuro, os analistas avaliam que o Nubank entra no segundo trimestre com perspectivas positivas. O ambiente macroeconômico brasileiro permanece resiliente, o que beneficia o consumo e a demanda por crédito. Além disso, há expectativa de avanços nos novos produtos, como o crédito consignado privado e benefícios fiscais para clientes com renda de até R$ 5 mil mensais. Esses fatores, aliados à estratégia de expansão geográfica e digitalização de serviços financeiros, colocam o Nubank em posição privilegiada no setor bancário latino-americano. Os resultados do 1T25 do Nubank devem continuar sustentando o bom desempenho da empresa nos próximos meses.