Os resultados do 1T25 da Neoenergia (NEOE3) reforçam a posição da companhia como uma das líderes no setor de energia elétrica do Brasil. Mesmo em um cenário de pressão inflacionária e volatilidade econômica, a empresa conseguiu manter um desempenho sólido. No primeiro trimestre de 2025, a Neoenergia registrou um lucro líquido de R$ 1,001 bilhão, representando uma queda de 11% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro havia alcançado R$ 1,126 bilhão.
Receita líquida em alta impulsiona resiliência operacional
A receita líquida consolidada da Neoenergia no 1T25 totalizou R$ 11,9 bilhões, com crescimento de 5% em comparação ao 1T24. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelo desempenho das distribuidoras — com destaque para Neoenergia Brasília — e pela performance consistente dos projetos de geração renovável. O portfólio diversificado da companhia continua a ser um diferencial estratégico em meio às oscilações do mercado.
As receitas do segmento de geração renovável cresceram de forma significativa, com destaque para parques eólicos no Nordeste e novas plantas solares que passaram a operar comercialmente no final de 2024. A companhia reafirma sua meta de transição energética, com quase metade de sua capacidade instalada de 5,2 GW proveniente de fontes renováveis.
Ebitda ajustado estável mesmo com custos pressionados
O Ebitda ajustado do 1T25 somou R$ 3,1 bilhões, em linha com o resultado do mesmo período do ano anterior. No entanto, a margem Ebitda apresentou leve retração devido à pressão nos custos operacionais, principalmente com encargos setoriais e variação cambial em contratos de compra de energia. Ainda assim, a gestão eficiente de despesas e o foco em digitalização ajudaram a mitigar impactos mais severos.
A Neoenergia destacou que a estabilidade do Ebitda foi possível graças à maturidade operacional do negócio e à disciplina na execução orçamentária, que vem sendo implementada com rigor desde 2023.
Resultados do 1T25 da Neoenergia destacam solidez financeira
Os resultados do 1T25 da Neoenergia continuam a reforçar a solidez financeira da companhia. Mesmo com a retração do lucro líquido, a geração de caixa operacional segue robusta, sustentando os investimentos e o compromisso com os acionistas. O resultado financeiro líquido foi impactado pela elevação da taxa Selic e pela redução de receitas financeiras, o que contribuiu para a queda no lucro.
Ainda assim, a rentabilidade permanece superior à média do setor, garantindo atratividade das ações NEOE3. A companhia reiterou seu compromisso com a política de remuneração ao acionista, mantendo dividendos compatíveis com a geração de caixa recorrente.
Investimentos estratégicos crescem 16% no trimestre
A Neoenergia investiu R$ 1,9 bilhão no 1T25, um crescimento de 16% sobre o mesmo trimestre do ano anterior. Os recursos foram alocados principalmente em expansão e modernização das redes de distribuição, digitalização de processos e ampliação da capacidade instalada em energia limpa.
Projetos de infraestrutura foram destaque, com a companhia avançando em obras de linhas de transmissão, subestações e interligações, reforçando a confiabilidade do sistema. As iniciativas de automação da rede elétrica também evoluíram, com aumento da cobertura de medidores inteligentes e controle remoto de equipamentos.
Segmento de renováveis amplia participação no resultado
A estratégia de crescimento da Neoenergia segue centrada na geração renovável. No 1T25, os projetos eólicos e solares representaram parcela crescente da receita total da companhia. A maior eficiência operacional e o aumento da capacidade instalada contribuíram diretamente para esse avanço.
Entre os destaques do trimestre está o início da operação comercial do complexo solar Luzia, na Paraíba, e a entrada em fase final de construção de novos parques eólicos na Bahia. Esses empreendimentos não apenas incrementam a receita, como reforçam o compromisso ambiental da Neoenergia.
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Perspectivas otimistas para o restante de 2025
A Neoenergia manteve seu guidance para o ano de 2025, com foco na execução de projetos estruturantes, melhoria contínua de eficiência e diversificação do portfólio. A empresa espera que, nos próximos trimestres, a performance operacional seja beneficiada por fatores regulatórios e reequilíbrios tarifários já em andamento.
Além disso, o avanço da agenda ESG e o fortalecimento da governança corporativa continuam sendo pilares da estratégia de longo prazo da companhia.