Resultados do 1T25 da Hypera: lucro negativo e queda de 41% na receita

Resultados do 1T25 da Hypera: lucro negativo e queda de 41% na receita

Os resultados do 1T25 da Hypera trouxeram números preocupantes: forte queda de receita, prejuízo líquido e EBITDA negativo.
Resultado 1T25 da Hypera

Os resultados do 1T25 da Hypera (HYPE3) frustraram expectativas do mercado e acenderam o sinal de alerta sobre a estratégia de capital de giro da companhia. O desempenho operacional veio fraco, com queda de 41% na receita líquida, EBITDA negativo de R$ 149 milhões, e prejuízo líquido de R$ 138,8 milhões — embora esse último número tenha vindo melhor do que o esperado, em razão de créditos tributários extraordinários.

Essa performance negativa nos resultados do 1T25 da Hypera decorre de um movimento deliberado da empresa para otimizar seu capital de giro. Isso resultou em um forte recuo do sell-in, ou seja, nas vendas aos distribuidores, com impacto direto sobre a receita reconhecida no trimestre. A companhia aponta que o sell-in caiu 41% na comparação anual, enquanto o sell-out — vendas ao consumidor final — cresceu apenas 6,9%, abaixo do crescimento do setor farmacêutico, de 11,3%.


Desempenho abaixo do setor preocupa o mercado

Apesar dos ajustes no capital de giro, o desempenho do sell-out foi considerado modesto, e isso levanta dúvidas sobre a capacidade da empresa de retomar um ritmo sustentável de crescimento. Os analistas destacam que, mesmo com aumento expressivo de gastos com marketing e vendas — de 40% e 21%, respectivamente —, a Hypera ainda não conseguiu entregar um resultado à altura do setor.

Os resultados do 1T25 da Hypera mostram que, além da queda acentuada na receita, a margem EBITDA despencou para -14%, e a margem líquida foi de -12,8%, contrastando com margens historicamente robustas que a companhia costumava apresentar.

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Capital de giro melhora, mas alavancagem aumenta

Por outro lado, há pontos positivos nos resultados do 1T25 da Hypera. A geração de caixa após investimentos (capex) foi de R$ 348 milhões, crescimento de 9% na comparação anual, impulsionada por uma expressiva redução nas contas a receber, que passaram de R$ 2,2 bilhões no 4T24 para R$ 1,2 bilhão no 1T25. Esse movimento reduziu o prazo médio de recebimento de 119 para 89 dias.

Entretanto, a dívida líquida ficou praticamente estável em R$ 7,5 bilhões, e a alavancagem subiu para 5,8x a relação dívida líquida/EBITDA, reflexo direto do fraco desempenho operacional no trimestre.

A companhia afirma que os limites de covenant são calculados com base no EBITDA acumulado em 12 meses ou anualizado — o que, por ora, mantém a situação sob controle. Ainda assim, a alavancagem elevada impõe desafios adicionais, especialmente caso a recuperação da receita não ocorra nos próximos trimestres.


Indicadores dos Resultados do 1T25 da Hypera:

 

Indicador 1T25 Variação a/a
Receita Líquida R$ 1.080,9 -40,8%
EBITDA -R$ 148,5 -122,9%
Lucro Líquido -R$ 138,8 -135,5%
Capex R$ 209,8 +30,8%
Fluxo de Caixa Pós-Capex R$ 348,0 +9%
Dívida Líquida R$ 7.572,2 +1,8%
Alavancagem (DL/EBITDA) 5,8x +2,2x

Recomendações e perspectivas

A visão dos analistas do BTG Pactual continua neutra. Embora a Hypera tenha avançado em sua meta de otimização do capital de giro, os efeitos dessa estratégia ainda não se traduziram em crescimento sustentável. Com os resultados do 1T25 da Hypera refletindo uma forte contração da receita, a atenção agora se volta ao desempenho do sell-out nos próximos trimestres.

A companhia precisa demonstrar capacidade de recuperar sua participação de mercado e suas margens operacionais. A retomada do crescimento orgânico e a melhoria no desempenho comercial são cruciais para reduzir os riscos associados à estrutura de capital alavancada.

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Palavra final sobre os Resultados do 1T25 da Hypera

Os resultados do 1T25 da Hypera escancararam os custos de uma estratégia de reequilíbrio do capital de giro, que embora traga benefícios financeiros no médio prazo, impõe desafios de curto prazo significativos.

A empresa precisará provar que pode crescer de forma eficiente e rentável novamente, entregando margens sólidas e reconquistando o espaço perdido para concorrentes mais agressivos. O desempenho do 2T25 será fundamental para confirmar (ou não) essa tese de recuperação.

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