Resultados Copel 3T24: Lucro de R$ 1,2 bilhão, com alta de 175,9% impulsionada por desinvestimentos

A Copel (CPLE6) divulgou seus resultados do 3T24 com um lucro líquido de R$ 1,217 bilhão, alta de 175,9% em relação ao ano anterior, impulsionada por ganhos de capital com desinvestimentos e alienação de ativos.
Resultados Copel 3T24

A Copel () anunciou seus resultados do 3T24, reportando um líquido consolidado de R$ 1,217 bilhão, o que representa uma alta de 175,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2023. Esse desempenho foi impulsionado por ganhos de capital significativos, resultantes de desinvestimentos e alienações de ativos estratégicos, além de uma forte redução nas despesas operacionais.

Entre os destaques do trimestre, a Copel obteve R$ 470,3 milhões em ganhos de capital com a venda dos ativos Compagas e UEGA e R$ 174,5 milhões com a alienação de imóveis inservíveis da Copel GeT. Esses eventos não recorrentes contribuíram de forma decisiva para o robusto crescimento do lucro líquido. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, o lucro líquido ajustado apresentou queda de 32,5%, principalmente devido a um benefício tributário que favoreceu o 3T23.

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Ebitda e Margem Ebitda: Desempenho Impactado pelo Ajuste de Benefícios e Custos

O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Copel totalizou R$ 1,239 bilhão no trimestre, uma queda de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Quando considerados os ajustes não recorrentes, o Ebitda bruto da empresa somou R$ 1,526 bilhão, representando um crescimento expressivo de 91% frente ao 3T23.

Esse desempenho se deveu, em grande parte, ao forte resultado da Copel Distribuidora, que registrou um aumento de 8,7% em seu Ebitda. Esse crescimento foi suportado por um aumento de 4,4% no mercado fio faturado e por um reajuste tarifário de 2,7% nas Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) em junho de 2024. A margem Ebitda consolidada foi de 26,6%, uma melhoria significativa em comparação aos 14,4% do mesmo período no ano anterior.

Contudo, a margem Ebitda ajustada, que desconsidera os efeitos extraordinários, ficou em 21,6%, abaixo dos 25,1% registrados no 3T23, refletindo uma maior eficiência, mas também o impacto das despesas operacionais.


Receita Operacional e Desempenho do Segmento de Distribuição

No trimestre, a receita operacional líquida da Copel alcançou R$ 5,735 bilhões, um crescimento de 3,5% em comparação com o mesmo período de 2023. A tarifa média de fornecimento de energia e disponibilidade foi de R$ 601,56 por megawatt-hora (MWh), uma leve queda de 3,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

Esse resultado demonstra um avanço sólido na receita, mesmo em um cenário de ajustes tarifários e desafios no mercado de energia. A Copel Distribuidora se destacou com uma redução nas despesas de pessoal e materiais, serviços e outros (PMSO), especialmente pela conclusão do Plano de Demissão Voluntária (PDV) em agosto, que reduziu o quadro em 987 empregados e contribuiu para uma significativa.


Estrutura de Capital e Alavancagem

Ao final do terceiro trimestre de 2024, a ívida líquida ajustada da Copel foi de R$ 8,217 bilhões, um aumento de 8,5% em relação ao saldo registrado em 31 de dezembro de 2023. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda, foi reduzida para 1,5 vezes no período, uma melhoria de 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior.

Esse ajuste na alavancagem reflete a disciplina da empresa em gerenciar suas obrigações financeiras, permitindo que a Copel mantenha uma posição sólida no setor elétrico, mesmo com os desafios financeiros e operacionais do cenário atual. A companhia segue focada em uma gestão de capital que favoreça a segurança financeira e a capacidade de investimento em projetos estratégicos.


Resultados Não Recorrentes e Impacto na Performance da Copel

Os ganhos não recorrentes, como a venda dos ativos Compagas e UEGA e a alienação de imóveis da Copel GeT, adicionaram R$ 644,8 milhões ao resultado final do trimestre, impactando significativamente o lucro líquido. Sem esses efeitos extraordinários, o lucro líquido ajustado apresentou uma queda de 32,5%, refletindo o impacto da distribuição de (JCP) no ano anterior, que resultou em um benefício tributário pontual.

A empresa adotou um enfoque estratégico ao direcionar esforços para os desinvestimentos, o que permitiu captar recursos importantes e focar em ativos considerados prioritários para o plano de crescimento sustentável.


Perspectivas e Estratégia para o Futuro da Copel

A Copel continua comprometida com a melhoria da eficiência operacional e com a gestão otimizada de seu portfólio de ativos. A companhia está estrategicamente posicionada para se beneficiar de futuros no setor de energia, incluindo a expansão de sua atuação em energias renováveis e em de distribuição.

Com os ajustes na estrutura de capital e o foco em uma política de desinvestimentos seletivos, a Copel fortalece sua capacidade de gerar valor para os acionistas, mantendo uma perspectiva de crescimento sólido. Para o próximo período, o foco da empresa é continuar otimizando suas operações e explorando oportunidades de crescimento no mercado de , especialmente em projetos que ampliem a capacidade de distribuição e geração sustentável.

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