Resultado do 4T24 das Casas Bahia: Prejuízo milionário ainda preocupa investidores

O resultado do 4T24 das Casas Bahia trouxe prejuízo de R$ 452 milhões, pior que o esperado. Veja os principais números e as perspectivas para 2025.
Casas Bahia (BHIA3)

O resultado do 4T24 das Casas Bahia (BHIA3) foi divulgado nesta quarta-feira (12), revelando um prejuízo líquido de R$ 452 milhões. Apesar da melhora de 54,8% em relação ao prejuízo de R$ 1 bilhão registrado no mesmo período de 2023, o número veio pior do que o esperado pelo mercado, que projetava um prejuízo de R$ 278 milhões.

A varejista, que atravessa um processo de reestruturação, destacou a recuperação operacional e o avanço nas métricas financeiras, mas ainda enfrenta desafios no ambiente macroeconômico e na redução da inadimplência.

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Principais números do balanço do 4T24

  • Prejuízo líquido: R$ 452 milhões (-54,8% em relação ao 4T23)
  • Ebitda ajustado: R$ 640 milhões (+300% vs. 4T23)
  • Margem Ebitda ajustada: 8% (+5,8 p.p. na comparação anual)
  • Receita líquida: R$ 7,98 bilhões (+7,6% vs. 4T23)
  • Fluxo de caixa livre: R$ 1,2 bilhão (maior dos últimos cinco anos)
  • Carteira de crediário: R$ 6,2 bilhões (+R$ 824 milhões vs. 4T23)

Crescimento do GMV e recuperação nas lojas físicas

O volume bruto de mercadorias (GMV) consolidado da Casas Bahia cresceu 9,9% no 4T24, revertendo a tendência negativa dos trimestres anteriores. O avanço foi impulsionado pelo crescimento das vendas nas lojas físicas e no marketplace (3P):

  • GMV em lojas físicas: +16,1%
  • Vendas em mesmas lojas (SSS): +17,1%
  • Crescimento do GMV 3P (marketplace): +23,7%

O marketplace da Casas Bahia vem se consolidando como uma alternativa importante para o crescimento da receita, com alta de 23,4% e take rate de 12%.

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Crédito e inadimplência: desafios e oportunidades

O crediário da Casas Bahia alcançou um recorde de R$ 6,2 bilhões em carteira ativa no 4T24, refletindo a estratégia da empresa de ampliar a oferta de crédito para impulsionar as vendas. No entanto, o crescimento da carteira de crédito vem acompanhado de desafios com inadimplência.

A taxa de clientes com atrasos superiores a 90 dias caiu 1,4 ponto percentual na base anual, fechando o trimestre em 8%. A companhia destacou que a operacionalização do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) deve fortalecer a diversificação de funding para sustentar essa expansão.

Comparação dos resultados recentes da Casas Bahia

Indicador 4T23 4T24 Variação (%)
Prejuízo líquido R$ 1 bi R$ 452 mi -54,8%
Receita líquida R$ 7,42 bi R$ 7,98 bi +7,6%
Ebitda ajustado R$ 160 mi R$ 640 mi +300%
Margem Ebitda 2,2% 8% +5,8 p.p.
GMV 3P (Marketplace) R$ 3,9 bi R$ 4,83 bi +23,7%

Perspectivas para 2025: recuperação sustentável?

A Casas Bahia inicia 2025 focada em consolidar sua recuperação e acelerar o crescimento. Entre as prioridades da companhia estão:

  • Expansão do crediário para impulsionar as vendas;
  • Aumento da no , com maior monetização via marketplace e serviços financeiros;
  • Fortalecimento da experiência omnichannel, integrando lojas físicas e digitais.

Renato Franklin, do Grupo Casas Bahia, afirmou que 2024 foi um ano de ajustes estruturais e que a empresa entra em 2025 com uma base financeira mais sólida para sustentar o crescimento.


Resultado do 4T24 das Casas Bahia (BHIA3): O que esperar?

O resultado do 4T24 das Casas Bahia mostra sinais de recuperação operacional, mas ainda traz desafios. A empresa conseguiu reduzir seu prejuízo e melhorar métricas financeiras importantes, como Ebitda e fluxo de caixa. No entanto, o número final veio acima do esperado, o que pode pressionar as ações no curto prazo.

devem acompanhar de perto a evolução do crediário, a monetização do marketplace e as estratégias para reduzir a inadimplência. Se a companhia continuar melhorando seus indicadores e capturando oportunidades no varejo digital, as perspectivas para 2025 podem ser mais positivas.


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