O resultado CSN segundo trimestre surpreendeu positivamente ao registrar uma redução de 41,7% no prejuízo líquido, com EBITDA ajustado praticamente estável em R$ 2,64 bilhões, demonstrando resiliência diante de desafios operacionais. Entenda os detalhes desse desempenho e o que ele significa para o mercado.
CSN reduz prejuízo líquido e mantém EBITDA estável no segundo trimestre
A CSN conseguiu reduzir seu prejuízo líquido em 41,7% no segundo trimestre, alcançando R$ 130,4 milhões. Esse resultado ficou abaixo do esperado pelos analistas, que previam um prejuízo de R$ 139,3 milhões. Essa redução foi puxada por uma reversão de contingência e operações de hedge de minério, que impactaram positivamente o resultado.
Desempenho do EBITDA
Mesmo com o desafio do mercado, o EBITDA ajustado da CSN ficou estável, quase sem variação no comparativo anual, totalizando R$ 2,64 bilhões. Esse número superou a média das estimativas dos analistas, que era de R$ 2,54 bilhões. A margem EBITDA subiu 0,3 ponto percentual, atingindo 23,5%, o que mostra maior eficiência operacional.
A receita líquida da empresa foi de R$ 10,7 bilhões, um pouco abaixo da previsão de R$ 11,1 bilhões. A queda nas vendas de aço, tanto no mercado interno quanto externo, afetou esse resultado. No total, foram vendidas 1 milhão de toneladas de aço, com uma redução de 9,9% em relação ao segundo trimestre do ano anterior.
Alavancagem financeira e fluxo de caixa
A alavancagem financeira da CSN diminuiu de 3,36 para 3,24 vezes. Considerando a exclusão da dívida da subsidiária de energia CEEE-G, esse índice fica em 3,20 vezes. Apesar da melhora, o fluxo de caixa ajustado ficou negativo em R$ 1,47 bilhão, principalmente devido a investimentos em projetos de expansão e ao impacto dos altos juros nas dívidas do grupo.
A exposição cambial da CSN também foi relevante, com posição ativa de US$ 1,1 bilhão, seguindo a política da empresa para minimizar os efeitos negativos da volatilidade cambial nos resultados.