Renda fixa no 1º semestre de 2025 permaneceu como a principal escolha dos investidores pessoa física, representando 60% do total aplicado. Com R$ 4,7 trilhões alocados em renda fixa no período, o movimento reflete preferência por segurança diante da Selic elevada. Produtos como CDB, LCI, LCA e títulos públicos ganharam espaço, enquanto fundos como FIDCs crescem como alternativa. A pesquisa da Anbima aponta mudanças importantes que podem afetar decisões até 2026.
Renda fixa concentra 60% dos investimentos e destaque para CDB, LCI/LCA e títulos públicos.
Renda fixa concentrou 60% dos investimentos no 1º semestre de 2025, com R$ 4,7 trilhões aplicados. O total de todas as modalidades foi R$ 7,9 trilhões no período.
CDB em destaque
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) segue entre os preferidos. Os aportes em CDB avançaram 9,9% no semestre. Hoje somam mais de R$ 1,1 trilhão aplicados pelos investidores pessoa física.
O CDB costuma oferecer rentabilidade previsível e segurança relativa. Além disso, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) protege até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
LCI, LCA e títulos públicos
LCI e LCA atraíram muitos investidores no semestre. O saldo desses papéis chegou a R$ 1,4 trilhão, alta de 21% ante junho de 2024. Títulos públicos e outras letras também mantêm relevância no portfólio conservador.
Vale lembrar que a MP 1.303 mudou a isenção desses ativos. A partir de 2026, haverá tributação de 5% sobre rendimentos, segundo a medida.
Ações, renda variável e FIDCs
A renda variável representou 13,1% dos investimentos, com R$ 1 trilhão aplicados. As ações cresceram 4,2% no semestre, somando R$ 31 bilhões em aporte adicional.
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) registraram forte alta. Subiram 51% e chegaram a R$ 35,2 bilhões, depois da abertura ao investidor pessoa física.
Com a Selic em torno de 15%, muitos preferem renda fixa por segurança. Ainda assim, FIDCs e outras alternativas aparecem para diversificar ganhos.
Perspectivas e riscos: Selic em 15%, MP que tributa LCI/LCA e crescimento dos FIDCs como alternativa.
Selic em 15% mantém a renda fixa muito atraente para investidores conservadores. No 1º semestre de 2025, a renda fixa somou R$ 4,7 trilhões, ou 60% do total aplicado.
Impacto da MP 1.303
A MP 1.303 elimina a isenção de LCI e LCA e altera a tributação desses papéis. A partir de 2026, haverá cobrança de 5% sobre os rendimentos, segundo o texto da medida.
Atualmente, o saldo de LCI e LCA nas mãos de pessoas físicas chega a R$ 1,4 trilhão, alta de 21% ante junho de 2024. Essa mudança tributária pode reduzir a atratividade desses ativos.
FIDCs em crescimento
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tiveram alta expressiva de 51%, atingindo R$ 35,2 bilhões. A Resolução CVM 175, em outubro do ano passado, abriu esse mercado para o investidor pessoa física.
Com juros altos, os FIDCs viraram alternativa de diversificação. Mas é importante entender como funcionam antes de entrar nesse ativo.
Riscos e proteção
FIDCs podem pagar mais, porém trazem risco de crédito e menor liquidez. Eles investem em recebíveis, que são direitos de receber pagamentos futuros.
Por outro lado, o CDB soma mais de R$ 1,1 trilhão e cresceu 9,9% no semestre. O CDB conta com proteção do FGC até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Com a expectativa de Selic em 15% até o fim do ano, muitos devem manter posições em renda fixa. Ainda assim, a tributação e os riscos novos podem alterar a preferência a partir de 2026.