A Petrobras anunciou recentemente uma redução de R$ 0,12 por litro no preço médio de venda da gasolina ‘A’ para as distribuidoras em suas refinarias, o que representa uma queda de 4% em relação ao preço anterior. Essa ação gerou discussões sobre os potenciais impactos na economia, especialmente na taxa de inflação.
Economistas e analistas financeiros se pronunciaram sobre o tema, e as projeções apontam para uma diminuição da pressão inflacionária, pelo menos no que diz respeito ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023.
Flávio Serrano, do BMG, estima que essa redução no preço da gasolina poderá tirar entre 0,10 e 0,12 pontos percentuais (pp) do IPCA deste ano. Warren Rena, da Andréa Angelo, é ligeiramente mais específico, apontando que essa ação resultará em uma diminuição de 0,11 pp no IPCA de 2023.
Antes do anúncio do reajuste feito pela Petrobras, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) observou que o preço da gasolina estava cerca de 5% acima do preço internacional, enquanto o diesel estava 14% abaixo. Essa disparidade gerou preocupações em relação aos custos de combustíveis para o consumidor final e seu impacto na inflação.
No entanto, com a redução no preço da gasolina, espera-se que parte dessa pressão seja aliviada. Como resultado, instituições financeiras, como a Terra Investimentos, reduziram suas projeções para o IPCA de 2023. A Terra Investimentos diminuiu sua estimativa de 4,80% para 4,70%, ficando abaixo do teto da meta estabelecida de 4,75%.
Embora o cenário do mercado de combustíveis seja influenciado por diversos fatores, incluindo preços internacionais do petróleo e a política de preços da Petrobras, a redução nos preços da gasolina é percebida como um alívio para os consumidores e uma contribuição positiva para a estabilidade econômica, contribuindo para manter a inflação sob controle em 2023.