Receitas fiscais da China de janeiro a setembro caem 2,2% ano a ano

Receitas fiscais da China caem 2,2% em 2024, com despesas aumentando 2%. Desafios no setor imobiliário afetam o crescimento econômico do país.
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O Ministério das Finanças da China divulgou nesta sexta-feira (25) dados mostrando uma queda de 2,2% nas receitas fiscais do país nos primeiros nove meses de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado, embora levemente melhor que a queda de 2,6% registrada até agosto, reflete os desafios econômicos que o país enfrenta, especialmente devido ao declínio contínuo do .

Olhando para as despesas fiscais, o aumento foi de 2% de janeiro a setembro, uma aceleração em relação ao aumento de 1,5% registrado até agosto. O crescimento nas despesas é parte dos esforços do governo chinês para estimular a por meio de em infraestrutura e políticas de suporte a setores estratégicos.

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Contexto Econômico e Desafios Atuais

Embora a economia chinesa tenha demonstrado alguma resiliência com números positivos no consumo e na produção industrial em setembro, o crescimento no terceiro trimestre de 2024 foi o mais lento desde o início de 2023. Esse desempenho fraco está amplamente relacionado à crise no setor imobiliário, que historicamente foi um dos maiores motores de crescimento do país, representando cerca de 30% do .

A crise no setor imobiliário afeta diretamente a arrecadação de impostos e a venda de terrenos, que são fontes importantes de receita para o governo. Empresas do setor, como Evergrande, estão altamente endividadas e têm enfrentado dificuldades para honrar suas ívidas, o que impacta não só a confiança dos , mas também o mercado de e o consumo interno.


Estratégias do Governo para Revitalizar o Crescimento

Para combater o desaquecimento econômico, o governo chinês tem adotado uma série de políticas fiscais expansionistas. O aumento nas despesas públicas visa injetar liquidez na economia, com foco em infraestrutura e em setores estratégicos como tecnologia e energia limpa. No entanto, o desafio de controlar a dívida pública e, ao mesmo tempo, estimular o crescimento, continua a ser um dilema para Pequim.

Em termos de políticas monetárias, o Banco Popular da China () tem realizado cortes nas taxas de juros e oferecido suporte financeiro a empresas estratégicas, especialmente no setor imobiliário. A esperança do governo é que esses estímulos ajudem a reverter o quadro de estagnação e coloquem a economia de volta nos trilhos.


Impacto do Setor Imobiliário e Projeções Fiscais

O setor imobiliário continua sendo o maior desafio para a recuperação econômica da China. A diminuição nas vendas de propriedades e o aumento nos níveis de inadimplência criaram um ambiente econômico incerto. A crise de confiança no setor está afetando o mercado de crédito, e muitos consumidores estão adiando a compra de imóveis devido à incerteza sobre a estabilidade dos preços e da oferta.

Em resposta, o governo chinês anunciou recentemente medidas para apoiar empresas endividadas e reduzir as restrições de crédito para compradores de imóveis. Além disso, as autoridades chinesas estão considerando a criação de novos mecanismos de financiamento para acelerar a construção de habitações acessíveis, o que poderia dar um impulso necessário ao setor.

Projeções para 2025

As perspectivas para 2025 são cautelosamente otimistas. Analistas apontam que, se o setor imobiliário conseguir estabilizar e o governo continuar com as políticas de suporte fiscal e monetário, a economia chinesa poderá voltar a crescer em ritmos mais robustos. No entanto, as incertezas globais, como a desaceleração do comércio internacional e as tensões geopolíticas, ainda podem afetar negativamente as perspectivas de crescimento.


Panorama Geral

Em suma, a queda de 2,2% nas receitas fiscais da China é um reflexo dos desafios que o país enfrenta, especialmente no setor imobiliário. Embora o governo esteja implementando uma série de políticas fiscais e monetárias para estimular a economia, o sucesso dessas iniciativas dependerá da capacidade de estabilizar o setor imobiliário e fomentar o consumo interno. As projeções para 2025 são de crescimento cauteloso, mas os desafios permanecem significativos.

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