Na última sexta-feira à noite, a Moody’s rebaixou a perspectiva da dívida dos Estados Unidos de “estável” para “negativa”, indicando a possibilidade de uma redução na classificação AA do país em um futuro próximo. A agência justificou sua decisão mencionando riscos fiscais, destacando o elevado montante da dívida dos EUA e os crescentes custos associados ao aumento das taxas desde 2022.
O economista Peter Schiff, conhecido por alertar sobre o considerável endividamento dos Estados Unidos e as potenciais consequências de uma crise, expressou sua opinião no sábado, via Twitter, afirmando que os riscos eram evidentes há anos e sugerindo que os Títulos do Tesouro dos EUA deveriam ser classificados como “lixo”. Ele previu perdas para os investidores que mantiverem esses títulos até o vencimento, reiterando seu aviso de que, diante da dívida insustentável dos EUA, as opções seriam o calote ou a inflação.
Schiff também abordou a possibilidade de um desacoplamento total das economias dos EUA e da China em uma postagem anterior na semana. Ele antecipou que tal separação seria desastrosa para os EUA, resultando em menos bens e preços mais altos, enquanto os chineses se beneficiariam com mais produtos a preços mais baixos. Esses comentários surgiram após declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, durante uma reunião com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng, onde ela afirmou que os Estados Unidos não desejam se dissociar da China e buscam estabelecer relações econômicas saudáveis a longo prazo. Yellen também expressou preocupações sobre práticas econômicas específicas que afetam a competição entre empresas e trabalhadores americanos e chineses.