As ações da Reag (REAG3) despencaram mais de 17% na B3 nesta quinta-feira (28), após a empresa ser um dos alvos de uma megaoperação deflagrada por autoridades brasileiras. O papel, negociado fora do Ibovespa, abriu em queda de 17,55%, a R$ 3,10, e entrou em leilão por oscilação máxima logo em seguida, permanecendo sem negociações até o fim da manhã.
Operação mira esquemas ligados ao setor de combustíveis
A investigação envolve o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Receita Federal, a Polícia Federal e as polícias Civil e Militar. A ação tem como alvo empresas financeiras e postos de combustíveis supostamente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo os investigadores, o grupo teria movimentado R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, com sonegação fiscal de mais de R$ 7 bilhões. O nome da Reag (REAG3) apareceu entre os 350 alvos identificados.
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Fundos e fintechs teriam sido usados para ocultação de recursos
A operação identificou que ao menos 40 fundos de investimento, com patrimônio conjunto de R$ 30 bilhões, podem ter sido usados para lavagem de dinheiro. A Reag (REAG3), gestora desses fundos, é acusada de ter operado através de fintechs, dificultando o rastreamento das movimentações financeiras.
A Receita Federal aponta que o uso dessas estruturas visava esconder os reais beneficiários dos lucros obtidos pelo crime organizado.
Reag (REAG3) diz estar colaborando
Em fato relevante à CVM, a Reag (REAG3) informou que está colaborando com as autoridades, fornecendo os documentos solicitados e permanecendo à disposição para esclarecimentos adicionais.
“As companhias permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, declarou a gestora.