Reag (REAG3) anuncia saída da B3 após ser investigada por conexão com PCC

A Reag Capital anunciou que vai deixar a , a brasileira, após aprovação de seus acionistas. A companhia solicitou o cancelamento do registro de companhia aberta junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), movimento que simboliza o fim de uma trajetória marcada por altos e baixos no mercado.

Segundo comunicado, a deslistagem faz parte de uma “estratégia de simplificação do negócio” e de foco no diferencial competitivo. O anúncio ocorre logo após a venda do controle da companhia para a gestora Arandu, responsável por mais de 700 fundos.

Publicidade: Banner Header – Meio do post

Crise de reputação e investigações em andamento

A decisão da Reag não veio isolada. O anúncio ocorre semanas depois de a empresa ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, que investiga supostas conexões entre fundos de investimentos e operações de do crime organizado, incluindo o PCC.

Embora a companhia negue qualquer envolvimento e afirme colaborar com a Justiça, o episódio levantou dúvidas sobre sua solidez. O mercado reagiu rápido: nesta terça-feira (23), as da Reag () fecharam a R$ 2,71, o menor valor da história. Só em 2025, os papéis já acumularam queda de mais de 50%, reduzindo o valor de mercado da empresa para R$ 382 milhões.


Um gigante que perde fôlego

Criada em 2012, a Reag se consolidou como uma das maiores gestoras independentes do país, chegando a administrar bilhões em ativos. Em 2023, em uma manobra para acessar o mercado acionário, adquiriu a GetNinjas, listada no balcão desde 2021.

Agora, a saída da B3 marca um retrocesso para a companhia — e reforça a dificuldade de do setor em manter credibilidade diante de crises reputacionais. O episódio mostra como a governança e a transparência são cada vez mais decisivas para a permanência de companhias abertas na bolsa.

Captura de Tela 2025 09 26 as 14.03.44 | Reag (REAG3) anuncia saída da B3 após ser investigada por conexão com PCC


Impactos para o mercado e para os investidores

Para o mercado brasileiro de capitais, a saída da Reag sinaliza um alerta: empresas que enfrentam crises de confiança tendem a perder espaço rapidamente, seja no pregão ou entre institucionais.

O caso reforça também uma tendência recente de companhias pedirem deslistagem em meio a escândalos, baixa liquidez ou perda de valor de mercado. Para os investidores, resta o impacto imediato da forte desvalorização dos papéis, além da incerteza sobre a OPA (oferta pública de aquisição) que deve ser lançada para quem ainda detém ações da empresa.


O recado por trás da saída

O episódio da Reag escancara a fragilidade de companhias que, mesmo após alcançarem grande porte, não conseguem sustentar a confiança dos acionistas diante de crises jurídicas e reputacionais.

Se por um lado a empresa promete “seguir firme em sua defesa e em sua transparência”, por outro, o mercado já precificou a saída como um movimento de perda de relevância.


⚠️ Aviso importante: Este conteúdo possui caráter jornalístico e informativo. Não se trata de recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *