Raízen avança na sua estratégia de reciclagem de portfólio com a venda de 55 usinas de geração distribuída, num negócio de aproximadamente R$ 600 milhões. A operação, que ainda depende de aprovações regulatórias, destaca o foco da companhia em otimizar capital e reforçar sua gestão corporativa.
Raízen vende 55 usinas para Thopen e Grupo Gera por R$ 600 milhões
A Raízen anunciou a venda de 55 usinas de geração distribuída para duas empresas: Thopen Energia e Grupo Gera. Essa venda envolve um valor total aproximado de R$ 600 milhões. A maior parte das usinas já está em operação e contribui com uma capacidade instalada de até 142 megawatts-pico (MWp). Isso significa uma quantidade significativa de energia renovável gerada localmente, com impacto positivo para a matriz energética.
A Thopen ficará responsável por 44 dessas usinas, enquanto o Grupo Gera adquirirá 11. O pagamento será feito conforme a transferência dos ativos for efetivada, o que deve ocorrer até março de 2026. Essa operação faz parte da estratégia da Raízen de reciclar seu portfólio e otimizar o capital, ou seja, liberar recursos enquanto mantém foco em seu core business.
Essa venda mostra como a Raízen está focada em melhorar sua gestão e buscar eficiência financeira. Ela também encerra a joint venture com o Grupo Gera, ressaltando o compromisso da empresa em desenvolver tecnologia para contratação, gestão e consumo de energia elétrica. A conclusão da venda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do cumprimento das condições contratuais normais para operações desse porte.
Além dessa venda, a empresa também comercializou áreas de cana-de-açúcar relacionadas à Usina Santa Elisa por R$ 1 bilhão recentemente, fortalecendo ainda mais sua reestruturação financeira. Essas ações indicam uma decisão clara da Raízen para focar no que é essencial para o seu crescimento.
Venda das áreas de cana na Usina Santa Elisa por R$ 1 bilhão reforça reestruturação
A Raízen vendeu recentemente todas as suas áreas de fornecimento de cana-de-açúcar associadas à Usina Santa Elisa por cerca de R$ 1 bilhão. Essa operação cobre tanto a cana própria quanto a de terceiros. Segundo o BTG Pactual, essa venda representa aproximadamente 5% do volume de cana que a empresa prevê processar na safra 2025/2026. A medida reforça o senso de urgência na reestruturação da gestão da Raízen, que teve início no final do ano passado.
A venda ajuda a Raízen a focar em sua estratégia de capital e a otimizar os recursos disponíveis. Essa reestruturação busca melhorar a eficiência da empresa e garantir maior flexibilidade financeira para enfrentar desafios do mercado. Ao desinvestir em parte da área agrícola, a Raízen pode concentrar esforços em outras áreas essenciais do seu negócio.
O mercado reagiu positivamente à notícia, validando as decisões da empresa para assegurar um crescimento sustentável. Essas ações da Raízen mostram como as companhias do setor de energia e agronegócio têm adotado estratégias para fortalecer sua posição e melhorar o desempenho financeiro.
Vale destacar que a safra 2025/2026 é uma etapa importante para a empresa, e operações como essa são fundamentais para garantir o equilíbrio e a eficiência operacional. Essas vendas, tanto das usinas de geração distribuída quanto das áreas de cana, indicam uma mudança clara na estratégia da Raízen.