Ambev (ABEV3) – Resultados do 2º Trimestre de 2023 Refletem Equilíbrio
A Ambev, uma das líderes no segmento de bebidas, apresentou resultados consistentes durante o segundo trimestre de 2023. O EBITDA ajustado consolidado atingiu R$ 5,25 bilhões, refletindo um aumento orgânico de 34% em relação ao ano anterior e resultando em uma margem de 27,9%. Esses números superaram as projeções, destacando uma performance positiva em suas operações no Brasil, que compensou os desafios enfrentados nas margens na América Latina, bem como a volatilidade cambial. As receitas totalizaram R$ 18,9 bilhões, com um crescimento orgânico de 20%, sustentado por preços médios 23% maiores, embora ligeiramente compensados por volumes 2% menores. O lucro líquido por ação (LPA) também superou as expectativas, atingindo R$ 0,17 devido a um acúmulo robusto de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), refletindo um crescimento de 19%. A geração de caixa livre se manteve forte, porém houve uma notável redução no capital de giro em comparação com anos anteriores.
Tenda (TEND3) – Desempenho Adequado no 2T23 Apesar de Desafios
Os resultados do segundo trimestre de 2023 da Tenda, empresa atuante na construção civil e propriedades, foram considerados decentes. A receita atingiu R$ 711 milhões, representando um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. O lucro bruto atingiu R$ 159 milhões, com uma margem bruta de 22,4%, que subiu 600 pontos-base em relação ao ano anterior. No entanto, o prejuízo líquido de R$ 11 milhões foi menor do que o esperado, refletindo uma redução nas despesas gerais e administrativas, além de resultados financeiros melhores do que o previsto. O desempenho do trimestre foi influenciado por provisões mais altas, custos adicionais e aquisições de terrenos via permutas, mas foi parcialmente compensado por uma forte geração de caixa, impulsionada pela venda de recebíveis.
CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3) – Resultados Desafiadores e Questões de Alavancagem
Tanto a CSN Mineração quanto a CSN divulgaram resultados pressionados no segundo trimestre, aproximando-se das expectativas do mercado. O EBITDA da CSN atingiu R$ 2,26 bilhões, 5% acima das projeções, graças ao desempenho mais robusto em suas unidades de aço e cimento. No entanto, a CSN Mineração reportou resultados mais fracos, com um EBITDA de R$ 1,1 bilhão, impactado por preços de minério de ferro mais fracos do que o previsto. A questão central que surge é a alavancagem, que alcançou 2,8x dívida líquida/EBITDA, uma métrica significativamente mais alta em comparação com os padrões da indústria. A incerteza sobre quando a CSN conseguirá retornar à média de seus pares em relação à gestão de seu balanço mantém os investidores cautelosos. Por enquanto, a recomendação permanece neutra para ambas as empresas, com uma avaliação em constante revisão à medida que a desalavancagem progride.
Suzano (SUZB3) – Desempenho Estável no Trimestre e Progresso do Projeto Cerrado
A Suzano, uma referência no setor de papel e celulose, apresentou um trimestre alinhado com as expectativas, com um EBITDA de R$ 3,9 bilhões, uma redução de 36% devido aos preços mais baixos da celulose. No entanto, o aspecto mais promissor da empresa é seu projeto transformacional Cerrado, que está progredindo bem, com 70% de execução e o início programado para junho de 2024. Este projeto está sendo subestimado pelo mercado e pode adicionar significativo valor às ações da Suzano. A empresa permanece uma escolha primordial no setor de papel e celulose, com um potencial de valorização a ser explorado.
Dexco (DXCO3) – Desafios Contínuos com Expectativa de Melhora
A Dexco divulgou resultados mais fracos no segundo trimestre, indicando um ponto baixo no ciclo. O EBITDA ficou em R$ 350 milhões, praticamente estável em relação ao trimestre anterior. O desempenho da divisão de madeira foi razoável, mas a unidade Deca/Tiles enfrentou dificuldades. A empresa está implementando mudanças na gestão e estratégia comercial para melhorar a situação. No entanto, a alavancagem subiu para cerca de 3x, e a revisão do programa de investimentos para refletir a demanda mais fraca indica cautela. A recuperação lucrativa é necessária para restaurar a confiança dos investidores.
PetroRio (PRIO3) – Superando Expectativas com Margens Fortes
Apesar dos desafios nos preços do petróleo e decisões de estoque, a PetroRio registrou números impressionantes no segundo trimestre. O EBITDA ajustado IFRS16 atingiu US$ 342 milhões, 4% acima das estimativas, com margens melhores devido a custos de extração mais baixos. A empresa também conseguiu reduzir a alavancagem e gerou uma geração de caixa saudável. A decisão de monetizar barris de petróleo relacionados à produção também contribuiu para o desempenho positivo.
Auren (AURE3) – Resultados Ligeiramente Abaixo das Expectativas
A Auren apresentou resultados ligeiramente mais fracos no segundo trimestre, com um EBITDA ajustado de R$ 409 milhões, 5% abaixo das projeções. As reversões de provisões e marcação a mercado sobre contratos futuros de energia afetaram os números. A empresa continua enfrentando desafios em alguns setores, e sua performance precisa melhorar para recuperar a confiança dos investidores.
Mercado Livre (MELI
34) – Desempenho Operacional Impressionante
O Mercado Livre registrou resultados operacionais sólidos no segundo trimestre, superando expectativas. O crescimento do GMV e do TPV foi notável, impulsionado por diversas regiões geográficas. A receita líquida consolidada também aumentou, e a margem EBIT surpreendeu positivamente. O desempenho da empresa reflete sua forte posição no mercado de comércio eletrônico e serviços financeiros.