Taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram em queda nesta segunda-feira, com a ausência de referência de Nova York devido ao feriado nos EUA. O mercado brasileiro também enfrentou baixa liquidez devido ao Dia dos Presidentes nos EUA.
Após um avanço sólido na sexta-feira, as taxas dos DIs começaram em território negativo, sem catalisadores específicos para o movimento, conforme observou Cleber Alessie Machado, da Commcor DTVM. O mercado aguarda a retomada das negociações amanhã, com o retorno do feriado nos EUA.
Embora os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) para dezembro tenham superado as expectativas, tiveram pouco impacto nas negociações de juros futuros. O IBC-Br subiu 0,82% em dezembro ante novembro, indicando o quarto resultado mensal positivo e o mais forte desde abril de 2023.
Entretanto, Gino Olivares, da Azimut Brasil Wealth Management, destacou que o IBC-Br pode não ser um indicador confiável do comportamento do PIB, considerando o crescimento já registrado nos três primeiros meses do ano.
Os dados do IBC-Br não alteraram as expectativas para a política monetária no Brasil. O mercado continua precificando um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica Selic em março, atualmente em 11,25% ao ano.
No encerramento do dia, as taxas do DI para janeiro de 2025 estavam em 10,02%, enquanto para janeiro de 2026 estavam em 9,86%. Para janeiro de 2027, as taxas estavam em 9,025%, e para janeiro de 2028, em 10,265%. O contrato para janeiro de 2031 foi cotado em 10,66%.
O relatório Focus, que apresenta as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos, foi adiado para quinta-feira devido a questões de pessoal no Banco Central. Normalmente divulgado às segundas-feiras, o adiamento ocorreu devido a movimentos dos servidores da autarquia por melhores salários.