O queda do Ibovespa nesta sexta-feira reflete mais que números: mostra uma mistura de tensão política e riscos comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Vamos entender como tudo isso mexeu com o mercado?
Impactos da operação contra Bolsonaro na bolsa e no cenário comercial EUA-Brasil
O Ibovespa caiu 1,61%, fechando a 133.381,58 pontos, em um dia marcado por muitas incertezas. A operação contra o ex-presidente Bolsonaro foi um dos principais fatores por trás da queda. Essa ação gerou um clima de tensão política que preocupa investidores.
A pressão de Donald Trump para aplicar tarifas de 15% a 20% sobre a União Europeia e ameaçar uma tarifa de 50% ao Brasil aumentou ainda mais o nervosismo no mercado. O mercado teme represálias comerciais, o que cria uma situação de risco geopolítico.
Especialistas apontam que essa tensão política entre Brasil e EUA limita o apetite ao risco. O volume financeiro chegou a R$ 26,3 bilhões, mostrando movimentação intensa, especialmente com o vencimento de opções sobre ações.
Além disso, o índice alcançou a menor marca intradiária desde 7 de maio. A semana terminou com perda acumulada de 2,06%, evidenciando que os problemas políticos internos impactam fortemente o cenário econômico e comercial.
É importante destacar que o Citi mudou sua recomendação para os títulos brasileiros, tornando a visão mais cautelosa perante a valorização recente. Essa postura reforça o viés defensivo dos investidores atuais.
Por fim, o temor real de uma escalada tarifária por parte dos EUA faz com que o mercado acompanhe de perto as ações e declarações das autoridades, buscando sinais sobre o futuro dos acordos comerciais entre as duas nações.