A queda de popularidade de Lula identificada por uma pesquisa do Datafolha movimentou o mercado financeiro na última sexta-feira. Mesmo com o rali dos ativos domésticos, estrategistas do JP Morgan alertam que ainda é cedo para que os investidores passem a operar de olho na corrida presidencial de 2026.
O mercado sempre reage a mudanças no cenário político, mas especialistas apontam que decisões impulsivas podem não ser a melhor estratégia no momento. Segundo o JP Morgan, três fatores devem ser considerados antes de qualquer realocação de investimentos baseada exclusivamente na dinâmica eleitoral:
- Custo de oportunidade, já que aplicações em renda fixa oferecem retorno anual de 15% ou mais.
- Desaceleração da economia, impulsionada por inflação elevada e um ciclo de aperto monetário em andamento.
- Possíveis medidas econômicas que podem ser adotadas pelo governo para recuperar popularidade.
Esses elementos tornam prematuro para os investidores ajustarem seus portfólios com foco na eleição, mesmo diante da queda na aprovação do presidente.
Queda de popularidade de Lula e o impacto nos ativos financeiros
A pesquisa Datafolha apontou uma queda de popularidade de Lula, gerando um movimento no mercado conhecido como FOMO (fear of missing out), ou medo de ficar de fora. Com isso, muitos investidores buscaram ativos brasileiros, antecipando possíveis ganhos no cenário de incerteza política.
Essa busca por oportunidades ocorre porque o mercado enxerga três possíveis gatilhos para valorização dos ativos brasileiros:
- Queda da popularidade do governo e um cenário eleitoral mais competitivo.
- Interrupção antecipada do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.
- Ação mais favorável do Congresso em medidas econômicas alinhadas ao mercado.
O movimento elevou a valorização de ações e do câmbio na última sexta-feira, mas analistas alertam que oscilações políticas podem não garantir um cenário de valorização sustentável para o mercado.
Efeito da queda de popularidade de Lula na economia brasileira
A queda de popularidade de Lula pode levar o governo a adotar medidas populistas para recuperar apoio, como ocorreu em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff. Na época, políticas econômicas heterodoxas foram implementadas para tentar reverter o impacto negativo de protestos populares, o que resultou em um cenário fiscal mais frágil.
Os estrategistas do JP Morgan destacam que, caso o governo tome esse caminho novamente, a economia pode enfrentar desafios como:
- Aumento de gastos públicos, elevando o risco fiscal.
- Pressão sobre a inflação, caso medidas intervencionistas sejam adotadas.
- Oscilação no câmbio, impactando empresas e investidores.
Por outro lado, se o governo manter um caminho de equilíbrio fiscal e responsabilidade econômica, há possibilidade de chegar em 2026 com inflação controlada, crescimento econômico sólido e um real mais forte, fatores que poderiam beneficiar a atual administração.
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Eleições de 2026: quando o mercado começa a precificar o cenário eleitoral?
Segundo o JP Morgan, investidores normalmente começam a considerar o impacto das eleições nos preços dos ativos cerca de seis meses antes da votação.
O histórico mostra que o mercado brasileiro tende a apresentar desempenho inferior ao de outros emergentes antes da eleição, mas costuma reagir de forma positiva no mês da votação, com um rali nas bolsas.
Se a queda de popularidade de Lula persistir e influenciar o cenário eleitoral, o mercado pode reagir de diferentes formas:
- Se o governo adotar medidas que reforcem a credibilidade fiscal, investidores podem enxergar estabilidade econômica, valorizando os ativos brasileiros.
- Se houver sinais de intervenção na economia, o mercado pode precificar um cenário de risco, elevando o dólar e pressionando a Bolsa.
Dessa forma, embora a pesquisa Datafolha tenha movimentado o mercado, especialistas sugerem cautela antes de considerar a corrida eleitoral como fator decisivo para investimentos.
Queda de popularidade de Lula: Impactos
A queda de popularidade de Lula captada pela pesquisa Datafolha trouxe reflexos para o mercado financeiro, mas analistas do JP Morgan reforçam que ainda é cedo para tomar decisões com foco na eleição de 2026.
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O cenário econômico segue influenciado por fatores como inflação, taxa de juros e política fiscal, que podem ter maior peso nos investimentos a curto e médio prazo.
A expectativa do mercado é de que, nos próximos meses, as ações do governo e o comportamento dos investidores estrangeiros tragam um panorama mais claro sobre o impacto real da política no desempenho dos ativos brasileiros.