Putin e ultimato de Trump: o presidente russo persiste no objetivo de conquistar quatro regiões na Ucrânia, mesmo diante de ameaças de sanções e tarifas elevadas por parte dos Estados Unidos.
Putin mantém foco nas quatro regiões da Ucrânia apesar do ultimato de Trump
Putin mantém o foco nas quatro regiões da Ucrânia que a Rússia reivindica como suas: Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. Apesar do ultimato do presidente Trump, que ameaça sanções e tarifas de 100% sobre o petróleo russo, o Kremlin acredita que a guerra está avançando para seus objetivos.
Fontes próximas ao governo russo afirmam que Putin está convicto de sua vitória e avalia que novas sanções dos Estados Unidos terão pouco impacto depois de três anos e meio de conflitos e penalidades econômicas.
O líder russo não quer desgastar totalmente a relação com a administração americana, mas prioriza a conquista total dessas regiões para, então, negociar um possível acordo de paz.
Desde maio, houve três encontros entre negociadores russos e ucranianos, mas sem avanços reais, principalmente porque a Rússia insiste na retirada total da Ucrânia das quatro áreas e exige que Kiev adote um status neutro, limitações nas forças armadas e a aceitação desses termos, o que tem sido rejeitado pela Ucrânia.
Putin acredita que, se alcançar a ocupação completa dessas regiões, poderá anunciar que a guerra atingiu seus objetivos principais, abrindo caminho para as conversas de paz.
Enquanto isso, o enviado especial dos EUA deve visitar a Rússia para tentar reduzir tensões após o aumento da retórica e o risco de uma guerra nuclear.
Trump ameaça sanções e tarifas de 100%, mas Kremlin acredita no enfraquecimento do impacto
Trump anunciou sanções e tarifas de 100% sobre o petróleo russo para pressionar Putin a aceitar um cessar-fogo na Ucrânia. Essas medidas atingem principalmente países como China e Índia, que são grandes compradores do petróleo russo.
A Casa Branca, representada pela porta-voz Anna Kelly, afirmou que o presidente Trump deseja acabar com a guerra rapidamente e usa essas sanções como ferramenta de pressão. Além disso, ele tem apoiado o envio de armas para os aliados da Otan.
Apesar disso, fontes próximas ao Kremlin acreditam que o impacto dessas novas sanções será limitado. A Rússia já enfrentou múltiplas ondas de penalidades econômicas nos últimos três anos e meio e continua resistindo.
O Kremlin avalia que as sanções não devem alterar o curso da guerra ou a estratégia de Putin. As negociações com a Ucrânia permanecem difíceis, e as posições de ambos os lados seguem muito distantes.
Enquanto isso, a retórica entre Estados Unidos e Rússia segue intensa, com riscos até de um conflito nuclear, o que motivou o enviado especial de Trump a buscar um diálogo direto com Moscou nesta semana.