O Relatório de Mercado Focus divulgado hoje reiterou a projeção de déficit fiscal para o ano de 2024. A mediana para o déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em 0,75%, mantendo-se inalterada em comparação ao mês anterior, quando estava em 0,78%.
O relatório bimestral de despesas e receitas, divulgado em março, revisou o resultado primário, prevendo um déficit de R$ 9,3 bilhões (equivalente a 0,1% do PIB). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou anteriormente que o governo provavelmente não alcançará a meta zero, citando a relutância em realizar cortes em investimentos e obras.
Quanto ao déficit nominal esperado para 2024, a estimativa permaneceu em 6,80% do PIB, em comparação com os 6,90% registrados um mês atrás. O déficit primário reflete o saldo entre as receitas e despesas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública, enquanto o déficit nominal inclui esses gastos com juros e outras despesas financeiras.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 aumentou levemente, passando de 63,90% para 63,94%, em comparação com os 63,68% registrados um mês atrás.
Quanto ao próximo ano, as expectativas do mercado para o déficit primário em 2025 permaneceram em 0,60% do PIB, mantendo-se estáveis há nove semanas. O novo arcabouço fiscal aprovado no ano anterior estabelece uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB para o próximo ano.
Para o déficit nominal projetado em 2025, a estimativa permaneceu em 6,29% do PIB, em comparação com os 6,30% registrados um mês atrás. Da mesma forma, a previsão para a dívida líquida no próximo ano também permaneceu estável em 66,42% do PIB, em comparação com os 66,40% registrados quatro semanas antes.