Preocupações financeiras causam problemas emocionais e de saúde em mais da metade dos brasileiros

Uma pesquisa realizada pela Onze em parceria com a Icatu revelou que mais da metade dos brasileiros considera o dinheiro como a principal fonte de preocupação. Isso tem um impacto negativo significativo na saúde física e mental dos entrevistados, levando a problemas como ansiedade, insônia, depressão e aumento da pressão arterial.
Dinheiro, Real Moeda brasileira

A pesquisa realizada pela Onze em parceria com a Icatu também revela que as inquietações decorrentes de preocupações financeiras contribuem para o surgimento de problemas emocionais e de saúde. Mais da metade dos brasileiros considera o dinheiro como a principal fonte de preocupação, como evidenciado pela história de Suzilene Tanaka, de 48 anos, que, apesar de ser auxiliar técnica de enfermagem, busca empregos temporários em para complementar a renda familiar.

A constante preocupação com questões financeiras, seja pela escassez de recursos ou por sua ausência, transcende o desconforto e resulta em dores de cabeça e insônia. Suzilene faz parte dos 54% que apontaram o dinheiro como a maior preocupação em suas vidas, de acordo com o levantamento que envolveu 8.573 trabalhadores em parceria entre a fintech Onze e a seguradora Icatu. Esse percentual supera significativamente outras preocupações, como família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%).

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Outro exemplo é Fabrícia Oliveira, de 41 anos, que enfrenta aflições devido à falta de e relata que está passando por um processo de aprendizado para lidar melhor com a situação financeira. Além de um quadro depressivo, ela experimenta aumento da pressão arterial, evidenciando como as preocupações financeiras podem afetar tanto a saúde física quanto a mental. O levantamento da Onze destaca que 71% dos entrevistados, como Fabrícia, afirmam serem afetados emocionalmente por problemas financeiros, enquanto 20% relatam desenvolver problemas físicos.

Os principais sintomas decorrentes dessas preocupações incluem ansiedade (53%), insônia (41%), problemas de relacionamento com amigos, familiares e parceiros (15%) e outros problemas de saúde (11%). A pesquisa também revela que 39% dos brasileiros têm sua concentração no trabalho prejudicada pela preocupação com dinheiro, uma realidade compartilhada por Suzilene, que sente desânimo ao trabalhar na área de saúde, apesar dos riscos, devido à falta de valorização salarial.

Felipe Bruno, vice-presidente da Onze, destaca que apenas 36% dos entrevistados consideram seus rendimentos suficientes para cobrir todas as despesas, indicando que grande parte da população concentra suas atenções nas preocupações financeiras. Ele ressalta que essas preocupações não competem com outras, mas sim impactam integralmente na família, saúde mental, emocional e no desempenho no trabalho.

A pesquisa também investiga as situações que mais causam estresse financeiro. Para 55% dos entrevistados, a principal preocupação é a falta de dinheiro para emergências, como acidentes ou problemas de saúde, enquanto 42% destacam a insuficiência financeira para pagar as contas do mês. Vale notar que 71% dos entrevistados têm uma renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos, ou R$ 2.640, conforme a amostra total da pesquisa.

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