Preço dos alimentos dispara em março e pressiona IPCA, diz IBGE

Preço dos alimentos dispara em março e pressiona IPCA, diz IBGE

O preço dos alimentos voltou a ser o maior responsável pela alta da inflação em março. Ovos, tomate e café responderam por um quarto do IPCA do mês
preço dos alimentos

O preço dos alimentos voltou a ser o vilão da inflação no Brasil. Em março, o grupo Alimentação e bebidas teve alta de 1,17%, puxado principalmente por três itens: ovos, tomate e café moído. De acordo com o IBGE, esses três produtos foram responsáveis por um quarto do avanço do IPCA no mês, que subiu 0,56% — a maior alta para março em 22 anos.

Ovos: alta de 13,13% com salto nas exportações

O preço dos alimentos, em especial dos ovos, disparou com força. O produto teve um aumento de 13,13% no mês passado, pressionado principalmente pelo crescimento das exportações. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques de ovos cresceram 342,2% em março, somando 3.770 toneladas, ante 853 toneladas no mesmo mês de 2024.

O principal destino foi os Estados Unidos, que enfrentam um surto de gripe aviária. Esse aumento da demanda externa reduziu a oferta interna e contribuiu diretamente para a alta dos preços. No acumulado de janeiro a março de 2025, as exportações totalizaram 8,6 mil toneladas, um crescimento de 97,2% frente ao mesmo período do ano passado.

Além do mercado externo, fatores internos também ajudaram a impulsionar os preços dos ovos. Houve aumento no custo do milho, principal insumo da ração das aves, além da elevação sazonal da demanda durante o período da Quaresma.

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Tomate e café também pressionam o bolso

O preço dos alimentos também subiu com força devido ao comportamento do tomate, que encareceu 22,55% em março. A alta foi explicada pelo calor intenso no verão, que acelerou a maturação do fruto e antecipou colheitas em algumas regiões. Com isso, a oferta caiu e os preços subiram.

“O calor fez com que o tomate amadurecesse mais rápido e isso forçou uma colheita antecipada. Em alguns lugares, ficamos sem novas áreas de colheita no fim de março, o que provocou uma escassez momentânea”, explicou Fernando Gonçalves, gerente de pesquisa do IPCA no IBGE.

Já o café moído teve alta de 8,14% em março e acumula 77,78% de valorização nos últimos 12 meses. A forte elevação está associada à redução na oferta mundial do grão, principalmente por conta de problemas climáticos no Vietnã, grande produtor global, que teve quebra de safra.

Outras altas nos alimentos

A seguir, veja os destaques de alta nos produtos alimentícios:

Produto Variação em março
Manga +25,64%
Tomate +22,55%
Morango +17,82%
Ovo de galinha +13,13%
Laranja +9,49%
Açaí (emulsão) +8,62%
Café moído +8,14%
Peixe dourado +8,04%
Melancia +7,86%
Mamão +6,49%

Preço dos alimentos deve seguir em alta?

O impacto do preço dos alimentos ainda é uma preocupação para os próximos meses, especialmente considerando o cenário de clima instável e demanda internacional aquecida. Embora o IPCA de março tenha desacelerado em relação a fevereiro, quando registrou alta de 1,31%, a pressão do grupo Alimentação e bebidas impediu uma queda mais expressiva.

No acumulado de 12 meses, a inflação oficial já chega a 5,48%, acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O desempenho dos alimentos será fundamental para a condução da política monetária.

Segundo analistas, se os preços dos alimentos continuarem pressionando o IPCA, o Banco Central pode rever os planos de afrouxamento monetário. Por outro lado, medidas do governo para estimular a produção e equilibrar a oferta interna, como os incentivos à agricultura familiar e à produção de grãos, podem ajudar a conter os preços nos próximos meses.

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Sensibilidade da inflação brasileira

O forte avanço no preço dos alimentos em março reforça a sensibilidade da inflação brasileira ao comportamento de itens básicos de consumo. Ovos, tomate e café, produtos amplamente consumidos, encabeçaram a lista de vilões da inflação no mês.

Embora fatores como clima, demanda externa e custos de produção influenciem os preços, o consumidor segue como principal impactado. O cenário reforça a necessidade de atenção contínua dos formuladores de políticas públicas e do próprio Banco Central para equilibrar a inflação sem comprometer o poder de compra da população.

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