Nesta segunda-feira, o Banco Central da Argentina anunciou uma alteração na sua taxa de juros de referência, optando por adotar a taxa de operações de recompras reversas de um dia, estabelecida em 100%, em substituição à taxa anterior Leliq, que era de 133%. Essa mudança tem como objetivo simplificar a política monetária em meio à crise econômica que o país enfrenta.
Essa medida foi tomada oito dias após Javier Milei, defensor do liberalismo, assumir a Presidência do país, declarando sua intenção de reduzir a inflação, que está atualmente próxima a 200% ao ano, e equilibrar as contas públicas.
Pobreza na Argentina atinge 40,1%, o nível mais alto em 20 anos
O conselho de administração do banco decidiu interromper os leilões de letras de liquidez, conhecidas como “Leliq”, e dará prioridade às operações compromissadas como principal instrumento para absorver excedentes monetários.
Sob a nova liderança do economista Santiago Bausili, o banco central afirmou que, ao concentrar suas operações em um único instrumento, pretende tornar mais compreensível o sinal da política monetária e fortalecer sua transmissão para outras taxas de juros na economia.
Em comunicado, o banco central informou que a partir do dia seguinte, a taxa de juros de sua política monetária será a taxa de depósito overnight, estabelecida em 100% desde 13 de dezembro. Além disso, foi destacado que manter uma taxa de juros mínima de 110% para depósitos a prazo foi considerado “prudente”.
Em relação às operações de injeção de liquidez, o banco esclareceu que continuará a exercer a possibilidade de realizar recompras ativas e oferecer opções de venda de instrumentos do Tesouro que considere apropriados.