A taxa de desocupação referente ao trimestre encerrado em março aumentou para 7,9%, em comparação com os 7,8% da leitura anterior. Embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas de mercado, de 8,1%, a taxa caiu pela terceira vez consecutiva na série ajustada sazonalmente, passando de 7,6% para 7,5%.
Apesar da diminuição da desocupação na série ajustada sazonalmente, é importante destacar a queda no rendimento médio real efetivo (-0,1% MoM s.a.) após nove leituras consecutivas na série com ajuste sazonal, bem como a desaceleração da massa salarial (0,2% ante 0,8% MoM s.a.), que registra o 14º aumento consecutivo.
Apesar da desaceleração nos rendimentos e na massa salarial, sugerindo um alívio temporário no mercado de trabalho, a combinação de uma taxa de desocupação abaixo das expectativas na série original com uma queda na série ajustada sazonalmente reforça a visão de um mercado de trabalho robusto no 1° trimestre do ano. Isso também respalda a cautela em relação à relação entre mercado de trabalho forte, pressões salariais e inflação relacionada ao ciclo.
É importante lembrar que os dados do mercado de trabalho são ainda mais relevantes considerando a atenção dada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ao tema, especialmente à luz da próxima reunião do comitê na próxima semana.