Investigação comercial do PIX tornou-se um tema central na relação Brasil-EUA, com o sistema de pagamentos brasileiro sendo alvo de críticas e medidas econômicas do governo americano. Entenda o que está em jogo e como o PIX ganhou destaque na disputa.
PIX enfrenta investigação comercial dos EUA contra o Brasil
PIX é um sistema de pagamento instantâneo que revolucionou o jeito dos brasileiros fazerem transações. Desde sua criação, o PIX passou a ser usado por mais de 70 milhões de pessoas. Ele permite pagamentos rápidos, fáceis e gratuitos, diretamente pelo celular.
Nos últimos tempos, o PIX virou alvo de uma investigação comercial feita pelos Estados Unidos contra o Brasil. O governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump, investiga possíveis “práticas comerciais desleais” ligadas ao sistema.
A preocupação dos EUA está ligada ao crescimento rápido e à popularidade do PIX, que oferece taxas muito baixas para transações, cerca de 0,22%. Isso é muito menor do que as taxas cobradas por cartões de débito e crédito, que podem passar de 1% e 2%, respectivamente.
Além disso, o PIX ajudou milhões de brasileiros a entrar no sistema financeiro pela primeira vez. Ele é usado tanto por altos executivos quanto por moradores de regiões distantes, o que mostra sua importância social e econômica.
Enquanto o PIX é muito amado pelos brasileiros, algumas grandes empresas internacionais, como a Mastercard, criticam o sistema. Elas questionam o fato do Banco Central ser ao mesmo tempo regulador e operador dessa plataforma, indicando um possível conflito de interesse.
O governo brasileiro, por sua vez, defende o PIX como um patrimônio do povo, destacando que o sistema é seguro, protegido e gratuito. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará ataques a essa ferramenta que já é essencial no cotidiano do país.
Em resposta aos ataques dos EUA, o governo lançou a campanha “PIX é Nosso, My Friend” nas redes sociais, mostrando que o povo brasileiro está unido em defesa do sistema.
Por trás da investida dos EUA, especialistas apontam o interesse de grandes empresas de tecnologia (big techs) que veem o PIX como uma concorrência forte no mercado de pagamentos digitais.