O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023, após ajuste sazonal, em comparação com o segundo trimestre. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou um crescimento de 2,0%. No acumulado dos últimos quatro trimestres até setembro de 2023, houve um aumento de 3,1% em relação aos quatro trimestres precedentes, e o crescimento acumulado no ano foi de 3,2% em relação ao mesmo período de 2022.
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A seguir estão alguns indicadores por setor:
Período de Comparação | PIB | Agro | Indus | Serv | FBCF | Cons. Fam | Cons. Gov |
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Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) | 0,1% | -3,3% | 0,6% | 0,6% | -2,5% | 1,1% | 0,5% |
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (sem ajuste sazonal) | 2,0% | 8,8% | 1,0% | 1,8% | -6,8% | 3,3% | 0,8% |
Acumulado em quatro trimestres / mesmo período do ano anterior (sem ajuste sazonal) | 3,1% | 14,4% | 2,0% | 2,8% | -1,1% | 3,7% | 1,0% |
Em termos monetários, o PIB do Brasil no terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,741 trilhões. A taxa de investimento, representada pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em relação ao PIB, foi de 16,6%, marcando uma redução em comparação ao mesmo período de 2022 (18,3%). A taxa de poupança, expressa pela relação entre a poupança (POUP) e o PIB, foi de 15,7%, inferior à taxa registrada no terceiro trimestre do ano anterior (16,3%).
Em relação à atividade econômica, os setores de Serviços e Indústria apresentaram avanços de 0,6%, enquanto a Agropecuária teve uma queda de 3,3% em comparação ao segundo trimestre de 2023. As atividades industriais, como as Indústrias extrativas e de transformação, tiveram variações positivas, enquanto Eletricidade e gás cresceram 3,6%, e a Construção recuou 3,8%.
Pela perspectiva de despesas, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 2,5%, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias subiu 1,1%, e a Despesa de Consumo do Governo variou 0,5%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 3,0%, enquanto as Importações recuaram 2,1% em relação ao segundo trimestre de 2023.
Ao ser comparado ao terceiro trimestre do ano anterior, o PIB cresceu 2,0%, impulsionado por aumentos de 2,1% no Valor Adicionado a preços básicos e 1,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Destaca-se o desempenho positivo da Agropecuária, com um crescimento de 8,8%, e da Indústria, que registrou uma alta de 1,0%. O setor de Serviços também teve um aumento de 1,8%.
No acumulado do ano até setembro de 2023, o PIB apresentou um crescimento de 3,2%, com destaque para o desempenho positivo da Agropecuária (18,1%) e dos Serviços (2,6%). As Indústrias extrativas e de Eletricidade e gás foram os principais impulsionadores positivos dentro do setor industrial. No entanto, as Indústrias de transformação e a Construção registraram quedas.
Ao considerar os últimos quatro trimestres até setembro de 2023, o PIB acumulado cresceu 3,1%, refletindo avanços no Valor Adicionado e nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. A demanda interna foi impulsionada pelo crescimento de 3,7% na Despesa de Consumo das Famílias, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo recuou 1,1%. No âmbito externo, as Exportações aumentaram 10,3%, enquanto as Importações variaram -0,1%.
O PIB do Brasil totalizou R$ 2,7 trilhões no terceiro trimestre de 2023, divididos entre R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. A taxa de investimento foi de 16,6%, representando uma redução em relação ao mesmo período do ano anterior (18,3%). A taxa de poupança foi de 15,7%, inferior aos 16,3% obtidos no mesmo período de 2022.
Esses resultados são parte de uma revisão mais abrangente das séries trimestrais, que ocorre tradicionalmente na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, incorporando novos pesos e atualizações metodológicas com base nos resultados anuais das Contas Nacionais. As revisões abrangem todos os trimestres de 2022 e os dois primeiros trimestres de 2023.