O número de americanos que solicitaram pela primeira vez o auxílio-desemprego estadual subiu para 225.000 na última semana de setembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. A alta, que superou a expectativa de economistas de 222.000, reflete um leve aumento no número de demissões em relação à mínima de quatro meses registrada na semana anterior.
A leitura da semana anterior foi revisada para cima, de 218.000 para 219.000, o menor nível desde meados de maio. O aumento dos pedidos iniciais sugere uma possível desaceleração no mercado de trabalho, ainda que os números permaneçam próximos das mínimas históricas, indicando que a economia americana continua gerando demanda por mão de obra.
Média Móvel e Benefícios Contínuos Apontam para Estabilidade
A média móvel de quatro semanas, que suaviza a volatilidade semanal, chegou a 224.250, uma leve queda de 750 em relação ao nível revisado da semana anterior. Esse indicador tem se mostrado estável, o que sugere que o mercado de trabalho segue robusto, apesar da oscilação nos pedidos semanais.
Além disso, o número de pessoas que recebem auxílio-desemprego após a primeira semana, uma métrica que reflete a contratação, caiu em 1.000, totalizando 1,826 milhão na semana encerrada em 21 de setembro. A redução contínua de beneficiários reflete um mercado de trabalho que, embora tenha mostrado sinais de leve desaquecimento, ainda apresenta um alto nível de contratações.
Descubra as melhores oportunidades de investimento em FII – Clique aqui e baixe grátis
Expectativas para o Relatório de Empregos de Setembro
Os dados de pedidos de auxílio-desemprego antecedem o importante relatório de folhas de pagamento não agrícolas que será divulgado na sexta-feira (6), o qual fornecerá uma visão mais clara sobre a criação de empregos em setembro. A expectativa é que a economia americana tenha gerado mais postos de trabalho, consolidando a percepção de que o mercado de trabalho segue aquecido, mesmo com os sinais recentes de desaceleração.
Os investidores e analistas financeiros também estão atentos a outros indicadores econômicos que serão divulgados ao longo da semana, como as vagas de emprego, o relatório de folhas de pagamento privadas e os dados de atividade do setor de manufatura e serviços, que devem ajudar a formar um panorama mais completo sobre o estado da economia americana antes da próxima reunião de política monetária do Federal Reserve.
“Os investidores usarão esses dados para avaliar o mercado de trabalho e a saúde econômica dos EUA, à medida que nos aproximamos da reunião do Fed em novembro”, afirmou um analista de mercado do CME Group, destacando a importância desses dados para as expectativas de política monetária.
Federal Reserve em Foco: O que Esperar na Próxima Reunião
A FedWatch Tool do CME Group, que monitora as expectativas de mercado para as decisões do Federal Reserve, mostra que há uma chance de aproximadamente 63% de que o Fed opte por um corte de 25 pontos-base na reunião de novembro, e uma probabilidade de 37% de que o banco central reduza as taxas de juros em 50 pontos-base.
Clique aqui e baixe grátis – Carteira de Dividendos Outubro 2024
O Federal Reserve cortou os juros em 50 pontos-base no mês passado, como parte de um esforço para apoiar a demanda por mão de obra em um ambiente de pressões inflacionárias reduzidas. No entanto, os formuladores de políticas ainda discutem a extensão da flexibilização, com a possibilidade de novas reduções nas taxas de juros nos próximos meses, dependendo dos dados econômicos.
“O banco central sinalizou o início de um ciclo de flexibilização mais amplo, mas ainda não está claro se optará por outro corte agressivo de meio ponto percentual ou um ajuste mais tradicional de um quarto de ponto”, comentou o analista do CME Group.
Os formuladores de políticas do Fed permanecem atentos ao estado da economia, buscando equilibrar o crescimento econômico e a estabilidade do mercado de trabalho, sem deixar de lado o controle da inflação.