Entre Altas e Baixas notícias sobre Investimentos e Mercado Financeiro
Pesquisar
Close this search box.
O mercado malvadão e o governo que só pensa no pobre

O mercado malvadão e o governo que só pensa no pobre

Quando a culpa é minha, eu ponho em quem eu quiser...
O mercado malvadão

O mercado financeiro é frequentemente pintado como um mostntro, um ente frio e insensível que envelhece contra os interesses coletivos. No entanto, essa visão está longe de refletir a realidade. O mercado não é uma entidade consciente com interesse próprio. Ele é, na verdade, um reflexo das expectativas, incertezas e decisões de milhões de participantes – famílias, empresas, investidores, gestores e governos.

O mercado é algo complexo e abstrato. Talvez por isso tanta gente use o termo para encaixar em suas narrativas fantasiosas. No fim do dia, o mercado é uma tarifa que reage a sinais econômicos e políticos, antecipando cenários futuros com base em fatos e percepções.

No Brasil, nos últimos tempos, vimos os juros (selic e futuros) subirem consistentemente. Esse movimento não é uma decisão arbitrária do “mercado malvado”. É, na verdade, uma resposta às incertezas sobre a política econômica, a sustentabilidade fiscal e a confiança nos rumores do país. Quando os investidores percebem o risco elevado, eles exigem uma maior taxa de retorno para compensar esse risco, o que acaba pressionando os juros para cima.

Essa dinâmica tem consequências diretas. O aumento dos juros penaliza investimentos de risco e desincentiva a alocação de recursos em setores que poderiam trazer o desenvolvimento do país. Isso não afeta apenas grandes investidores; todos os brasileiros que possuem alguma forma de poupança, previdência ou exposição ao mercado são impactados. O resultado? Um ciclo de menor crescimento econômico e menor prosperidade para todos.

📘 A hora de planejar é agora! Baixe grátis – “Onde Investir em 2025”

Culpar o mercado por essas respostas é desviar o foco das questões estruturais que precisam ser enfrentadas: disciplina fiscal, previsibilidade regulatória e estabilidade econômica. O mercado não é inimigo do país; ele é um aliado indispensável para o crescimento sustentável. Não existe país desenvolvido sem mercado de capitais desenvolvidos. No entanto, para que esta parceria funcione, é necessário criar um ambiente que inspire confiança e favoreça o longo prazo.

A narrativa de que o mercado é o vilão apenas afasta o debate das soluções reais, perpetuando um ciclo de desconfiança que prejudica toda a sociedade.

Eu sou crítico de muitas coisas no mercado. Não me identifico com a Faria Lima e vejo instituições com práticas e valores bem questionáveis. Mas o mercado no final é muito maior que isso. Famílias inglesas, microempreendedores, fundos do setor público, investidores estrangeiros e até o político que mantém seu fundo exclusivo no paraíso fiscal. Sim, o mercado muitas vezes é emocionado e maníaco depressivo, mas também é um reflexo das expectativas de milhares de agentes. Eu até posso achar que muita gente tem ficado pessimista demais nas últimas semanas. O problema ainda não é tão grave e poderia ser resolvido com um pouco de boa vontade e um plano minimamente crível. Mas depois de meses esperando algo, a paciência parece ter acabado.

O que alguns membros do governo e da mídia têm argumentado é que a fotografia não é ruim. Na verdade, o PIB continua surpreendente pra cima e o desemprego segue em níveis baixos. Porém o que causa a escalada do dólar e dos juros é a antecipação do filme. Sem um plano de contenção fiscal, num futuro próximo, a inflação vai subir e a dívida do país assumirá uma trajetória preocupante para dizer o mínimo. Se nada for feito, estamos encomendando um futuro que será um misto de desaceleração, inflação e crise.

Se nos próximos 10 anos o PIB crescer 2,5% e o déficit primário ficar em 2%, com uma taxa real de juro em 6% (abaixo do que está hoje), a relação dívia/PIB passaria de 140% em 10 anos. Após 4 anos já estaríamos acima de 100%. (Hoje a relação é de 78%)

Na prática, o mercado de juros e de câmbio atual acabou como uma tarifa para o governo. Ali a equipe de governo deveria parar para ler os sinais e refletir sobre suas práticas. O que o governo tem feito? Colocado a culpa no taciturno. Isso já aconteceu antes e não deu certo.

Se a desvalorização do câmbio fosse um ”ataque coordenado” de alguns agentes do mercado, a atuação do Banco Central naquela semana seria capaz de segurar o preço do dólar. O que não aconteceu.

E o congresso que foi visto como salvação por muitos, se mostra cada dia mais interessado nas próprias emendas e benefícios.

O governo agora resolveu eleger uma nova preocupação para seus problemas:

Imagem

Afinal, o mercado não gosta de pobre ou o governo prometeu um corte que melhorasse as contas públicas do país e entregou um pacote fraco e aguado no mesmo dia em que fizeram novos anúncios de renúncias fiscais que pioram o problema?

O mercado está manipulando o dólar ou o governo prometeu um arcabouço fiscal que não consegue cumprir e afastar capital estrangeiro?

O mercado está brincando de subir os juros, ou o governo está contribuindo para o aumento do pior imposto para o pobre com medidas populistas que pressionam a inflação?

Compartilhar

Em anexo alguns exemplos de governos que foram obtidos da mesma artemanha:

Imagem
Imagem
Imagem

Quer saber mais detalhes e estratégias exclusivas sobre onde investir em 2025?

Clique abaixo e tenha acesso a análises aprofundadas, recomendações práticas e os melhores insights para aproveitar o próximo ano ao máximo.
📘 Baixe agora o e-book completo “Onde Investir em 2025”

Compartilhe

Curso gratuito de milhas
Curso gratuito de milhas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Destaques do Dia

pix automático

Pix Automático: Como aderir e quando usar?

Commodities sob pressão

Commodities sob pressão: petróleo dispara, milho testa fundo e soja ensaia alta

Radar Diário de Ações – 16/06/2025

Radar Diário de Ações – 16/06/2025

Estoques de petróleo dos EUA

Petróleo dispara após ataque veja quais ações ganham e quais perdem

WEG Cai 6% na Bolsa

WEG (WEGE3) decepciona investidores em 2025; o que precisa acontecer para as ações voltarem a subir?

mercados de títulos

Petróleo sob ameaça: Irã diz que pode fechar o Estreito de Ormuz

ações da Gol

Gol (GOLL54): ‘Algo parece fora do lugar’, diz BTG Pactual sobre as ações da companhia

FS derruba alavancagem

FS derruba alavancagem com margem de 25,3% e forte geração de caixa

CRI da Tenda

Tenda (TEND3) quer arrecadar até R$ 300 milhões com securitização de contratos de imóveis

dívida da Casas Bahia

Mapa Capital assume dívida de R$ 1,5 bi da Casas Bahia, oriunda de Bradesco e BB

nova regra de tributação

Governo mira isenção de IR: investimentos sob nova regra de tributação

Israel ataca Irã

Israel ataca Irã e petróleo dispara após bombardeio histórico

Radar Diário de Ações – 16/06/2025

Radar Diário de Ações – 13/06/2025

sucessor de Powell

Scott Bessent ganha força como sucessor de Powell no comando do Fed

Banco do Brasil suspende aportes

Banco do Brasil suspende aportes acima de R$ 300 mil em VGBL

Banco do Brasil

Até onde as ações de Banco do Brasil podem cair?

Rumo pagará dividendos

Rumo pagará R$ 1,5 bi em dividendos; Cemig e Rede D’Or também anunciam proventos

BlackRock pretende aumentar receita

BlackRock pretende aumentar receita para US$ 35 bilhões ou mais até 2030

Brasil registra um dos maiores crescimentos globais

Brasil registra um dos maiores crescimentos globais no 1T25 — efeito agro ou recuperação sustentável?

Radar Diário de Ações – 16/06/2025

Radar Diário de Ações – 12/06/2025

compensação do IOF

Nova Tributação sobre Aplicações Financeiras: Governo edita Medida provisória

ações da Braskem

A notícia que derruba as ações Braskem (BRKM5) hoje e coloca entre as maiores baixas do Ibovespa

ações com melhores dividendos

13 ações para buscar dividendos de até 19,8% em junho, segundo o BTG Pactual

inflação dos eua

Inflação dos EUA vem abaixo do esperado em maio e sobe 2,4% em um ano

Acordo comercial entre EUA e China

Trump diz que acordo comercial com China está “concluído”

Novo modelo de financiamento da casa própria

Banco Central vai apresentar novo modelo de financiamento da casa própria como alternativa à poupança

Radar de Fundos Imobiliários - 11/06/2025

Radar de Fundos Imobiliários – 11/06/2025

taxa de desemprego no Reino Unido

Taxa de desemprego no Reino Unido sobe para 4,6% em abril

compensação do IOF

Haddad apresenta compensação do IOF a Lula: ‘Só atinge donos de cobertura’

Ações da Gol caem

Ações da Gol despencam 12%: entenda o que está por trás

Material Gratuito

Alavancagem Patrimonial com Consórcio

Descubra como usar o consórcio para construir patrimônio com estratégia — sem juros, sem pressa, com total controle.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS (FIIs) JUNHO 2025 - CARTEIRA RECOMENDADA

Descubra as melhores oportunidades de investimento em FII, com análises profundas e recomendações exclusivas

Carteira recomendada de Ações 10SIM | Junho

Obtenha acesso exclusivo às 10 principais recomendações de ações para 2025, selecionadas pelos analistas experientes do BTG Pactual.

SMALL CAPS JUNHO 2025 - CARTEIRA RECOMENDADA

A Carteira de Ações Small Caps que transformou R$ 25.000,00 em mais de 1 Milhão nos últimos 10 anos. Não perca essa chance, baixe agora e começe a lucrar!

CARTEIRA DE DIVIDENDOS 2025

Nossos especialistas analisaram minuciosamente o mercado e selecionaram as melhores empresas para você investir e maximizar seus retornos através de dividendos.

Banco do Brasil (BBAS3): Reduzindo para Neutro

Os resultados do 1T25, divulgados na noite de quinta-feira, foram “piores do que o temido”, e o BTG acredita que a teleconferência falhou em abordar todas as preocupações levantadas por investidores e analistas.
Cotações de Ações