Negociações cessar-fogo Gaza parecem definitivamente paralisadas após declarações firmes de Netanyahu e Trump, que agora exploram opções alternativas ao cessar-fogo frente à grave crise humanitária e militar no enclave.
Netanyahu e Trump sinalizam abandono das negociações de cessar-fogo em Gaza
Netanyahu e Trump anunciaram que as negociações de cessar-fogo com o Hamas em Gaza estão praticamente abandonadas. Ambos indicaram que os militantes palestinos não demonstram interesse em um acordo.
Israel está considerando opções alternativas para alcançar seus objetivos, incluindo trazer os reféns de volta e encerrar o controle do Hamas sobre a região. A fome e o desabrigo afetam a maioria dos 2,2 milhões de habitantes de Gaza, em meio à devastação causada pelo conflito.
Donald Trump afirmou que acredita que os líderes do Hamas serão “caçados”, reforçando que o grupo não quer negociar um cessar-fogo e que o trabalho precisa ser concluído.
Essa postura dura levou à retirada das delegações de Israel e dos Estados Unidos das negociações no Catar na quinta-feira, depois da resposta do Hamas a uma proposta de trégua.
Embora mediadores do Catar e do Egito afirmem que houve algum progresso e estejam comprometidos em continuar conversas, as divergências sobre a retirada das tropas israelenses e o futuro do cessar-fogo impedem avanços.
Organizações humanitárias alertam que a fome e a escassez de suprimentos aumentam o sofrimento da população civil, mesmo com Israel permitindo ajuda aérea, que o Hamas rejeita como mera estratégia.
Crise humanitária e resposta internacional diante do conflito Israel-Hamas
A crise humanitária em Gaza piora a cada dia. São 2,2 milhões de pessoas vivendo com fome e sem abrigo. Israel cortou os suprimentos em março, o que agravou a situação. Mesmo com a reabertura limitada em maio, as restrições continuam severas.
Organizações internacionais pedem um corredor humanitário aberto para enviar ajuda. O Exército israelense concordou em permitir ajuda aérea, mas o Hamas rejeitou como manobra.
Países como França começam a reconhecer um Estado palestino independente em resposta à situação. No entanto, Reino Unido e Alemanha ainda não confirmam essa decisão, mas também pedem cessar-fogo imediato.
Donald Trump criticou a iniciativa da França, dizendo que não tem peso, o que mostra a divergência internacional sobre o conflito.
Apesar das tensões, mediadores do Catar e Egito continuam tentando encontrar um caminho para o cessar-fogo. A proposta inclui pausa de 60 dias nos combates e troca de reféns, mas o acordo ainda encontra resistência.