As negociações nucleares Irã EUA estão no centro das atenções após o Parlamento iraniano afirmar que não retomarão conversas sem que condições específicas sejam atendidas, criando um cenário tenso no Oriente Médio.
Parlamento do Irã reforça exigência de condições para retorno das negociações nucleares
O Parlamento do Irã deixou claro que não retomará as negociações nucleares com os Estados Unidos sem que certas condições sejam cumpridas primeiro. Essa decisão surgiu após ataques recentes contra as instalações nucleares iranianas, que o país afirma serem para fins civis. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, destacou que o Irã deseja garantias de que não sofrerá novos ataques antes de voltar às conversas.
Até agora, o governo iraniano participou de cinco rodadas indiretas de negociação mediadas por Omã, mas as conversas estagnaram principalmente porque os EUA exigem que o Irã abandone seu programa de enriquecimento de urânio. Essa é uma questão sensível, pois Teerã insiste no direito de enriquecer urânio para fins pacíficos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não tem pressa para negociar com o Irã, mesmo reconhecendo que o país quer negociar. Além disso, três países europeus – França, Reino Unido e Alemanha – ameaçaram reativar as sanções internacionais contra o Irã caso não haja progresso até o final de agosto.
Essa postura torna o caminho para um acordo mais difícil, pois o Irã mantém sua posição firme sobre enriquecimento de urânio e rejeita discussões sobre seu programa de mísseis balísticos, considerado um tema extra-nuclear pelas negociações. O cenário, portanto, é de tensão contínua, com os países tentando encontrar um equilíbrio entre pressão e diálogo.