O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira (1º) que irá ignorar as sanções impostas pelos Estados Unidos contra ele e sua família. A declaração foi feita durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à ofensiva diplomática e econômica anunciada pelo governo de Donald Trump.
Segundo Moraes, a imposição de sanções e tarifas de 50% ao Brasil representa uma ação “vil” e “traiçoeira” que visa provocar instabilidade econômica e política no país.
Moraes diz que vai ignorar sanções e manter atuação no STF
Durante o pronunciamento, Moraes disse que vai ignorar sanções e seguirá atuando normalmente na Corte, tanto no plenário quanto na Primeira Turma. “Esse relator vai continuar trabalhando como vem fazendo”, garantiu.
O ministro reforçou que o Supremo Tribunal Federal não aceitará pressões ou interferências externas e classificou os ataques como parte de uma tentativa de golpe articulada por uma “organização criminosa miliciana”.
Críticas às tarifas de 50% e acusações a “traidores da pátria”
Moraes vinculou as sanções e as tarifas americanas ao que chamou de atuação coordenada de brasileiros no exterior com o objetivo de prejudicar o Brasil. “A finalidade é criar uma grave crise econômica para gerar instabilidade social e política”, afirmou.
O ministro não mencionou diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro, mas criticou “supostos patriotas que não têm coragem de permanecer no Brasil” e que atuam para influenciar decisões externas.
Moraes diz que vai ignorar sanções e concluir julgamento do golpe
O magistrado também garantiu que o STF concluirá neste semestre o julgamento das ações penais contra os quatro núcleos acusados de tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, o processo seguirá com base na Constituição e no devido processo legal.