As ações da Marfrig (MRFG3) registraram alta nesta terça-feira (19), impulsionadas pela expectativa em torno da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão com a BRF (BRFS3). O julgamento do órgão está marcado para esta quarta-feira (20) e pode definir os próximos rumos de duas das maiores empresas do setor de proteína animal no Brasil.
Enquanto o Ibovespa (IBOV) operava no campo negativo, os papéis da Marfrig chegaram a subir 2% durante o pregão, recuando levemente para alta de 1% por volta das 15h. O movimento reflete a confiança de investidores de que a operação será aprovada sem grandes entraves regulatórios.
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O que dizem os analistas sobre Marfrig (MRFG3)
Em relatório publicado na segunda-feira (18), o Barclays reiterou a recomendação de compra para Marfrig (MRFG3), estabelecendo preço-alvo de R$ 30. O banco destacou que a fusão pode gerar sinergias de custo superiores a R$ 800 milhões, resultado de ganhos de escala, integração logística e racionalização de despesas administrativas.
Apesar das dificuldades enfrentadas pela empresa nos Estados Unidos, principalmente por conta do ciclo desafiador da carne bovina, os números sólidos na América do Sul têm sustentado a performance. A demanda firme da China segue como principal motor de crescimento para as exportações da Marfrig.
A expectativa da própria administração é de que, caso aprovada pelo Cade, a fusão seja concluída até o final do terceiro trimestre de 2025 (3T25).
E os impactos na BRF (BRFS3)?
Já em relação à BRF (BRFS3), a recomendação do Barclays foi de manutenção. Isso porque o preço-alvo projetado para a ação está diretamente vinculado ao valor de aquisição definido pela Marfrig na operação: R$ 19,89 por papel.
Embora a BRF venha mostrando resiliência em meio a desafios como a gripe aviária, redirecionando suas exportações para novos mercados, o potencial de valorização de suas ações é limitado pelo preço da oferta já anunciado.
Vale comprar Marfrig (MRFG3) agora?
Com o possível avanço da fusão, os analistas destacam que Marfrig (MRFG3) se torna a principal aposta entre as duas companhias, com maior potencial de valorização no médio prazo. Para investidores que acreditam no sucesso da integração operacional e nas sinergias previstas, a recomendação de compra se mantém válida.
No entanto, especialistas alertam que a fusão ainda carrega riscos, como o tempo necessário para consolidar operações e os desafios do setor global de carnes, especialmente em relação ao consumo interno nos EUA.
