Durante o programa BM&C News, o economista VanDyck Silveira trouxe à tona a possibilidade de o presidente Lula indicar Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central em agosto deste ano. O anúncio inicialmente provocou apreensão nos mercados financeiros, porém, conforme analistas têm se posicionado, a reação tem se transformado em uma aceitação majoritária, com 91% dos especialistas demonstrando satisfação com a potencial nomeação de Galípolo.
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Segundo Silveira, que contextualizou a mudança de percepção do mercado, inicialmente houve reticência devido à visão econômica considerada mais heterodoxa de Galípolo. “Quando Galípolo foi indicado, o mercado ficou reticente devido à sua visão econômica mais heterodoxa. No entanto, agora ele parece ser a melhor opção disponível, dada a comparação com outras alternativas”, explicou o economista durante sua análise.
Gabriel Galípolo é conhecido por sua associação com a Teoria Monetária Moderna (MMT), uma abordagem econômica controversa que questiona a relação direta entre gasto público e inflação. Essa associação levanta debates, especialmente em um contexto onde políticas similares, como as implementadas pela ex-primeira-ministra britânica Liz Truss, resultaram em aumentos significativos no risco país. Silveira também fez referência à “nova matriz econômica” da ex-presidente Dilma Rousseff em 2011, que enfrentou críticas severas por seus resultados negativos.
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Além das preocupações com a visão econômica de Galípolo, Silveira destacou a importância de manter a independência do Banco Central e seguir princípios tradicionais como metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Apesar de Galípolo ter um histórico no setor bancário, ele não possui o mesmo reconhecimento acadêmico ou prático de figuras como Henrique Meirelles, o que continua sendo um ponto de discussão entre os especialistas.