Em outras palavras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou hoje que é altamente improvável que o Brasil alcance um equilíbrio nas contas públicas em 2024, conforme proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula acredita que um déficit de 0,5% ou 0,25% não é significativo e está focado em tomar a decisão que seja mais benéfica para o país.
Ele enfatizou que fará o possível para cumprir as metas fiscais, mas não vê necessidade de atingir um déficit zero. Lula argumenta que não quer cortar investimentos e projetos prioritários no início do ano e acredita que o mercado financeiro muitas vezes é excessivamente ambicioso ao cobrar metas que podem ser difíceis de cumprir.
Apesar de algumas dúvidas no mercado e no Congresso sobre a viabilidade da meta fiscal estabelecida, Haddad insiste na importância de manter o compromisso com o objetivo para demonstrar responsabilidade fiscal aos investidores. No entanto, a ala política do governo, incluindo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acredita que um ajuste fiscal mais gradual é necessário para evitar uma desaceleração econômica.
Enquanto Haddad e a equipe econômica mantêm a posição de não alterar a meta, o apoio político ao ajuste fiscal mais gradual está ganhando força. O Banco Central e seu Comitê de Política Monetária enfatizam a importância de cumprir a meta fiscal para controlar a inflação e reduzir as taxas de juros. No Congresso, há consenso de que qualquer mudança na meta fiscal deve ser discutida em conjunto com o governo.