Lula afirma que não há razão para Selic atual e diz que Campos Neto falhou com o país

Falando em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula ainda disse que pretende indicar um sucessor para o cargo de Campos Neto que tenha coragem de reduzir a taxa de juros
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou suas críticas à monetária conduzida pelo do , focando principalmente na manutenção da em 10,50% ao ano. Durante uma entrevista concedida à Rádio Gaúcha, Lula afirmou que “não há explicação” para que a taxa permaneça nesse patamar, especialmente considerando que a inflação atual está em torno de 4%. Ele questionou a lógica por trás da decisão do Banco Central, liderado por , que, segundo Lula, “tem desagradado o país” com sua abordagem rigorosa.

Lula enfatizou que a alta taxa de juros imposta pela Selic tem dificultado o acesso ao crédito, afetando negativamente a e, particularmente, os pequenos empresários e consumidores. “O Banco Central tem necessidade de manter a taxa de juros a 10,5% quando a inflação está a 4%? O Banco Central leva em conta que as pessoas estão tendo dificuldade de fazer financiamento?”, questionou Lula durante a entrevista​.

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Além disso, o presidente demonstrou descontentamento com a falta de um plano mais amplo por parte do Banco Central que considere não apenas o controle da inflação, mas também o do país. Para Lula, a instituição deveria ter um “plano de meta de crescimento”, uma vez que a manutenção da Selic em níveis elevados sem considerar o impacto sobre o desenvolvimento econômico é inadequada.

Com o término do mandato de Campos Neto no final deste ano, Lula indicou que pretende nomear um sucessor que tenha “coragem de reduzir a taxa de juros quando for necessário” e que esteja comprometido com o desenvolvimento do Brasil. Um dos nomes mais cotados para assumir a presidência do Banco Central é , atual diretor de Política Monetária da instituição. No entanto, ao ser questionado se Galípolo seria sua escolha, Lula respondeu: “não sei se será o Galípolo“, ressaltando que ainda não tomou uma decisão definitiva​.

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Lula também mencionou que pretende discutir a nomeação do próximo presidente do Banco Central com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a fim de garantir uma aprovação rápida e sem complicações. Isso demonstra a importância estratégica que Lula atribui à escolha do novo chefe da política monetária brasileira.

Essa questão está no centro de um debate maior sobre o papel do Banco Central e a eficácia de suas políticas. Enquanto Campos Neto defende que a manutenção de juros altos é necessária para conter a inflação e garantir a estabilidade econômica, Lula argumenta que essa abordagem é excessivamente conservadora e ignora as necessidades de crescimento do país. O presidente, inclusive, sugeriu que o Banco Central deveria ter um papel mais ativo na promoção do desenvolvimento econômico, alinhando suas metas com os interesses mais amplos da sociedade brasileira​.

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Essa divergência de visões pode ser observada nas declarações mais recentes de Lula, nas quais ele sublinhou que a política de juros elevados não só prejudica os consumidores e empresários, mas também impede o Brasil de alcançar um crescimento mais robusto. “A CNI, a Fiesp, ao invés de reclamar do governo, deveriam fazer passeata contra a taxa de juros, porque são eles que estão tendo dificuldade, são eles que não conseguem crédito, não é o governo”, disse Lula, direcionando suas críticas também ao setor empresarial, que, segundo ele, deveria ser mais vocal em sua oposição aos juros altos​

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