Juçara Espírito Santo ganha destaque em Rio Novo do Sul, onde a safra movimenta cerca de 200 toneladas por mês e a expectativa é de crescimento de 20% na produção. A palmeira Euterpe edulis — fonte de palmito e fruto semelhante ao açaí — tornou-se alternativa sustentável e rentável para agricultores familiares. Apoios como a Rede Juçara-ES e o Incaper impulsionam a cadeia produtiva, que também aproveita sementes e resíduos para ração, substrato e infusões. Além de gerar renda, o cultivo contribui para a conservação da Mata Atlântica, apesar do risco de extinção da espécie.
Safra e produção: 200 toneladas por mês e expectativa de 20% de crescimento
A safra de juçara em Rio Novo do Sul ocorre de abril a agosto. Produtores colhem a palmeira Euterpe edulis nesse período. Hoje, cerca de 200 produtores participam da colheita. A produção chega a aproximadamente 200 toneladas por mês na safra.
Safra e volume
O ciclo curto concentra a produção em poucos meses do ano. Esse ritmo facilita a logística de venda e processamento. Mercados locais absorvem grande parte da produção. Caminhoneiros e feiras ajudam a divulgar o fruto.
Apoio e expectativa de crescimento
Para este ano, a previsão é de crescimento de 20% na produção. O Incaper e a Rede Juçara-ES oferecem assistência técnica. Esses programas ensinam manejo e agregam valor ao produto. A formação aumenta a produtividade sem matar as árvores.
Renda e produtos derivados
O fruto lembra o açaí e virou suco e sorvete. Uma produtora saiu de 2 litros por dia para 400 litros por dia. Ela pagou uma máquina com investimento de R$ 23.000. Produtos processados elevam a renda da família.
Aproveitamento de resíduos
As sementes não são desperdiçadas. Elas viram ração, substrato e infusão após o processamento. Esse aproveitamento gera mais renda para a cadeia produtiva. Também reduz o desperdício e agrega novos produtos.
Impacto socioambiental
Rio Novo do Sul é conhecida como a “capital capixaba da juçara”. O cultivo sustentável ajuda a conservar a Mata Atlântica. Substituir a extração do palmito por cultivo evita a morte da palmeira. Assim, a produção une lucro e preservação.
Do palmito ao suco e sorvete: inovação e novas fontes de renda
A juçara era extraída para palmito, um processo que matava a palmeira.
Hoje, produtores transformam o fruto em suco e sorvete, agregando valor ao produto.
Inovação e escala
A produtora Drielem começou com 2 litros por dia na cozinha de casa.
Ela investiu R$ 23.000 em uma máquina e aumentou a produção rapidamente.
Hoje, a produção chega a cerca de 400 litros por dia e abastece feiras locais.
Mercado e números
O fruto lembra o açaí na cor e no sabor, o que ajuda na aceitação.
Venda em feiras e na BR-101 ampliou a clientela e a demanda local.
A região produz cerca de 200 toneladas por mês na safra, com previsão de 20% de crescimento neste ano.
Aproveitamento e apoio técnico
As sementes não são descartadas; viram ração, substrato e infusão após processamento.
O Incaper e a Rede Juçara-ES oferecem assistência técnica e orientam o manejo sustentável.
A cadeia da juçara figura entre as três que mais geram renda no campo, ao lado do café e da banana.
Aproveitamento de resíduos: sementes viram ração, substrato e infusão
Após a retirada da polpa, as sementes da juçara são reaproveitadas.
Na safra, cerca de 200 produtores colhem aproximadamente 200 toneladas por mês.
Usos das sementes
As sementes secas ganham textura parecida com pelos e viram material para ninho.
Também são usadas como forração de plantas e em trabalhos artesanais locais.
O resíduo moído vira ração para peixes, porcos e bovinos na região.
Esse uso agrega valor e amplia as vendas na cadeia produtiva local.
Substrato, infusão e benefícios
O substrato feito dos resíduos serve como base para produção de mudas.
Substrato é um material que ajuda as mudas a crescerem com mais saúde.
A torra das sementes gera uma infusão consumida como bebida nutritiva pelos moradores.
O resíduo tem alto teor de magnésio, nutriente importante para a nutrição animal.
O processamento também sustenta negócios, como sorvete que alcança 400 litros por dia.
Para este ano, a previsão é de crescimento de 20% na produção da juçara.
O Incaper e a Rede Juçara-ES orientam o manejo e o reaproveitamento dos resíduos.
Sustentabilidade, conservação e risco de extinção da juçara
A juçara (Euterpe edulis) é espécie-chave da Mata Atlântica.
Seus frutos alimentam tucanos, cutias, arapongas, antas e muitos outros animais.
Importância para a biodiversidade
Esses animais ajudam a dispersar as sementes pela floresta.
Isso favorece a regeneração natural das matas e mantém a vida local.
Risco de extinção e extração do palmito
No passado, a extração do palmito reduziu muito a espécie.
A planta tem apenas um estipe, e retirar o palmito mata a árvore.
Por isso a juçara figura na lista de espécies ameaçadas de extinção.
Agroflorestas e conservação
Hoje o manejo sustentável permite colher frutos sem matar as palmeiras.
Em Rio Novo do Sul, cerca de 200 produtores colhem aproximadamente 200 toneladas por mês.
A previsão para este ano é de crescimento de 20% na produção.
O Incaper e a Rede Juçara-ES oferecem apoio técnico e orientam o manejo.
O cultivo em sistemas agroflorestais ajuda a conservar solo e água na região.