Javier Milei declarou sua intenção de repassar os custos da operação policial realizada no centro de Buenos Aires na última quarta-feira (20) às organizações de esquerda e sociais. O objetivo era evitar que os manifestantes bloqueassem as ruas da cidade.
O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, afirmou que o alto custo da operação será quantificado nas próximas horas e que cada uma das organizações participantes receberá a fatura. Ele enfatizou que as organizações terão que arcar com os custos para garantir a paz no país e a liberação das vias de circulação.
A Ministra da Segurança, Patricia Bullrich, ao introduzir um novo procedimento para lidar com bloqueios de rua por manifestantes, deixou claro que as organizações seriam responsáveis por cobrir os custos das operações. Ela afirmou que o Estado não pagaria pelo uso da força de segurança, transferindo a responsabilidade financeira para as organizações.
O protesto ocorreu em meio a uma atmosfera tensa, com o governo ameaçando cortar benefícios sociais de manifestantes que bloqueassem ruas e prometendo identificar e denunciar mães que levassem seus filhos para o protesto.
Diversos grupos políticos de esquerda, como Polo Obrero, Movimento Socialista dos Trabalhadores e Aposentados Insurgentes, protestaram contra os cortes de despesas públicas anunciados pelo governo Milei nas vias públicas.
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As forças de segurança do país, incluindo a Gendarmeria Nacional e a Polícia Federal, conseguiram, em grande parte, evitar que os manifestantes bloqueassem as principais ruas, mantendo-os próximos às calçadas. A CNN relatou que o protesto transcorreu de maneira relativamente tranquila, com poucos incidentes isolados, incluindo confrontos físicos entre a polícia e os manifestantes, resultando em um policial ferido e duas pessoas presas.