Mais uma vez, o Itaú (ITUB4) pode recompensar seus acionistas com dividendos extraordinários no início de 2026. A afirmação foi feita pelo CEO Milton Maluhy Filho, durante coletiva nesta quarta-feira (6), destacando que o banco tende a distribuir excedentes de capital caso o cenário continue favorável.
“Nosso objetivo não é reter o excesso de capital”, afirmou o executivo. “Se tudo correr dentro do previsto, esperamos sim fazer mais um dividendo adicional relevante no início do próximo ano.”
Lucros consistentes reforçam potencial de distribuição
A performance robusta do Itaú (ITUB4) nos últimos trimestres vem sustentando sua reputação como uma das ações mais generosas da B3 em termos de proventos. Em 2024, o banco distribuiu R$ 28,7 bilhões em dividendos, sendo R$ 15 bilhões considerados extraordinários — o equivalente a um payout de 69,4%.
Na noite anterior à coletiva, o banco já havia anunciado novos juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 0,3634 por ação, sinalizando mais uma etapa de sua estratégia consistente de retorno ao acionista.
Dividendos extraordinários ou “adicionais”?
Maluhy destacou que o termo “dividendo extraordinário” pode não refletir mais a realidade do banco. Segundo ele, o Itaú (ITUB4) tem transformado o que era pontual em uma prática anual contínua.
“Já não considero extraordinário. Temos feito distribuições adicionais de forma recorrente. O objetivo principal continua sendo investir para gerar rentabilidade, mas, havendo excedente, ele será distribuído”, disse o CEO.
Expectativa depende do desempenho no segundo semestre
Apesar do otimismo, o CEO evitou cravar o percentual de lucro que será destinado aos dividendos. Ele ponderou que o resultado consolidado de 2025 e os desafios do segundo semestre ainda precisam ser analisados.
“Temos quase dois trimestres pela frente. Precisamos cumprir metas, gerar resultados e manter nossa capacidade de crescimento antes de decidir o payout final”, afirmou.
Estratégia de crescimento e retorno
Maluhy reforçou que o Itaú (ITUB4) continuará priorizando investimentos estratégicos para garantir crescimento sustentável e rentabilidade. “Sempre avaliamos o cenário, as oportunidades e os investimentos necessários antes de tomar decisões sobre dividendos. Mas se houver capital excedente, a ideia é distribuir sim.”
Essa política transparente e bem definida é um dos fatores que tornam o Itaú uma das ações mais recomendadas no setor bancário — e um dos papéis preferidos entre investidores de perfil voltado a dividendos.