As negociações nucleares envolvendo o Irã e países europeus podem ser retomadas na próxima semana, em meio a alertas sobre a restauração de sanções internacionais. Essa movimentação ocorre após tensões vindas da guerra entre Israel e Irã e a ameaça do mecanismo snapback da ONU.
Irã e países europeus discutem retomada das negociações nucleares para evitar sanções
O Irã e os países europeus Reino Unido, França e Alemanha estão em conversações para retomar as negociações nucleares na próxima semana. O objetivo principal é evitar a reimposição de sanções internacionais, que podem impactar a economia e a política externa do Irã.
Essas conversas ocorrem depois de um período tenso provocado por ataques a instalações nucleares iranianas, aumentando as preocupações sobre a estabilidade regional. O acordo nuclear original de 2015 envolvia também China e Rússia, que permanecem como partes importantes no diálogo, enquanto os Estados Unidos se retiraram em 2018.
O mecanismo chamado “snapback” pode restaurar as sanções da ONU contra o Irã caso as negociações não avancem até o final de agosto. Esse mecanismo permite ativar sanções rapidamente, mesmo antes da expiração da resolução do Conselho de Segurança em 18 de outubro.
As restrições principais nas negociações incluem o controle do enriquecimento de urânio pelo Irã. Os países europeus querem que o Irã diminua esse enriquecimento a zero para evitar que seja usado em armas nucleares. O Irã, por sua vez, argumenta que seu programa é exclusivamente para fins civis.
As cinco rodadas anteriores de negociação, mediadas por Omã, encontraram muitos desafios. Dessa forma, a retomada das conversas busca superar esses obstáculos e encontrar um meio-termo que satisfaça todas as partes envolvidas.
O sucesso ou fracasso dessas negociações tem grande impacto sobre as relações internacionais, economia global e a segurança do Oriente Médio. Assim, a atenção global permanece voltada para os desdobramentos dessas próximas reuniões.