Irã ameaça corredor Tripp e levanta dúvidas sobre a segurança do plano de paz anunciado na Casa Branca. A declaração do assessor Ali Akbar Velayati sugere que Teerã pode impedir mudanças geopolíticas na região do Cáucaso. O anúncio reacende tensões entre potências regionais e complica negociações entre Azerbaijão e Armênia.
Irã reage e ameaça bloquear o corredor Tripp; declarações de Ali Akbar Velayati e riscos à segurança regional
Irã ameaça corredor Tripp ao afirmar que pode impedir a passagem planejada no Cáucaso. A declaração foi feita por Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo. Ele afirmou que o corredor não será uma “propriedade de Trump” e chamou a iniciativa de ameaça.
Reivindicações de Teerã
O plano prevê um corredor pelo sul da Armênia até Nakhchivan. Isso daria ao Azerbaijão acesso direto à Turquia. Os EUA teriam direitos exclusivos de desenvolvimento do trecho, segundo a Casa Branca. O Irã advertiu contra intervenções estrangeiras perto de suas fronteiras.
Velayati citou exercícios militares no noroeste do Irã como demonstração de prontidão. Ele disse que Teerã está pronto para evitar mudanças geopolíticas que ameacem sua segurança. A menção reforça o tom firme das autoridades iranianas.
Impacto geopolítico e números-chave
Analistas lembram que o Irã está sob pressão dos EUA por seu programa nuclear. Também pesa a consequência da guerra de 12 dias com Israel, ocorrida em junho. Em 2023, o Azerbaijão retomou Nagorno-Karabakh. Cerca de 100.000 armênios étnicos deixaram a região naquele ano.
A presença de guardas de fronteira russos na faixa fronteiriça com o Irã complica o cenário. Moscou não foi incluída na cúpula em Washington, apesar de ser mediadora tradicional. A Rússia sugeriu soluções envolvendo vizinhos imediatos: Rússia, Irã e Turquia.
Riscos e incertezas
A forma exata de um eventual bloqueio por parte do Irã não ficou clara. Especialistas dizem que Teerã pode não ter capacidade militar para bloquear o corredor. Ainda assim, a declaração aumenta dúvidas sobre a segurança do projeto Tripp.
O aviso iraniano pode atrasar a implementação e elevar tensões regionais. Acordos futuros terão de lidar com essas objeções e com atores-chave da região.
Reações regionais e geopolíticas: apoio da Armênia, ausência da Rússia na cúpula e interesses dos EUA e Turquia
A cúpula na Casa Branca reuniu líderes do Azerbaijão e da Armênia. O encontro resultou na assinatura de um acordo para o chamado corredor Tripp.
Posição da Rússia
Moscou não foi incluída formalmente na cúpula, apesar de ser mediadora tradicional. Guardas de fronteira russos atuam na fronteira entre Armênia e Irã.
A Rússia propôs soluções com vizinhos imediatos: Rússia, Irã e Turquia. Esse pedido busca evitar intervenção de potências distantes.
Interesses de Turquia e EUA
A Turquia saudou o acordo e apoia o acesso direto ao seu território. O corredor daria ao Azerbaijão ligação direta a Nakhchivan e, assim, à Turquia.
Segundo a Casa Branca, os EUA teriam direitos exclusivos de desenvolvimento do trecho. Essa previsão aumenta preocupação dos vizinhos e eleva a tensão diplomática.
Reação do Irã
O Irã advertiu contra intervenções estrangeiras perto de suas fronteiras. Ali Akbar Velayati disse que o corredor “não será propriedade de Trump”.
Velayati citou exercícios militares no noroeste do país como demonstração de prontidão. Ele afirmou que Teerã pode impedir mudanças que ameacem sua segurança.
Números e contexto recente
Em 2023, o Azerbaijão retomou o controle de Nagorno-Karabakh. Cerca de 100.000 armênios étnicos deixaram a região naquele ano.
O Irã enfrenta pressão dos EUA sobre seu programa nuclear e as consequências da guerra de 12 dias com Israel, em junho. Esses fatos complicam a reação regional.
Implicações práticas
A ausência de consenso entre atores-chave pode atrasar a implementação do corredor. Acordos futuros terão de negociar segurança, transporte e direitos de desenvolvimento.
O cenário exige diálogo com Rússia, Irã e Turquia para reduzir riscos e evitar escaladas no Cáucaso.