A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano com um aumento de 4,62%, superando os 0,28 pontos percentuais da taxa de novembro. O resultado de dezembro ficou em 0,56%, marcando um aumento em relação aos 0,28% registrados no mês anterior.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em dezembro, destacando-se o grupo de Alimentação e Bebidas, que teve uma variação de 1,11%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores de Alimentação no Domicílio (1,34%) e Alimentação Fora do Domicílio (0,53%).
No que diz respeito ao grupo de Habitação (0,34%), a energia elétrica residencial subiu 0,54%, influenciada pelos reajustes em algumas regiões. Já o grupo de Transportes (0,48%) teve seu resultado impactado pelo aumento nos preços das passagens aéreas (8,87%).
Índices Regionais e Variações
Em relação aos índices regionais, a cidade de Aracaju foi a única a registrar uma variação negativa em dezembro, com uma queda de 0,29%, influenciada pelos preços da gasolina. Rio Branco, por outro lado, teve a maior variação, atingindo 0,90%, devido ao aumento da energia elétrica.
Destaque para o IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) moderou a leitura do IPCA, apresentando uma desaceleração de 0,42%, para 0,14%. Essa variação foi puxada pelo decréscimo em seis das oito classes de despesa que compõem o índice. Itens como passagem aérea, perfume, serviços bancários e hortaliças e legumes apresentaram redução em seus preços.
Inflação Acumulada em 12 Meses
O acumulado em 12 meses do IPCA ficou em 4,62%, registrando uma desaceleração em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de 5,79%. Esse resultado foi influenciado principalmente pelos setores de Transportes (7,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (6,58%), e Habitação (5,06%).
Análise Setorial
Nos Transportes, destaca-se o aumento da gasolina (12,09%), que teve o maior impacto no acumulado do ano. Passagens aéreas (47,24%) e emplacamento e licença (21,22%) também contribuíram significativamente para o resultado.
Em Saúde e Cuidados Pessoais, o plano de saúde (11,52%) teve a maior contribuição, enquanto em Habitação, a energia elétrica residencial (9,52%) foi o destaque positivo.
Perspectivas para 2024
Para o ano de 2024, as expectativas incluem a normalização monetária nos Estados Unidos no segundo trimestre, eleições presidenciais e no Congresso norte-americano, além de desafios na Zona do Euro, com riscos de recessão. Na China, a atividade econômica deve continuar abaixo do potencial, com foco nas eleições em Taiwan e na moderação do discurso.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)