IPCA-15 de janeiro sobe 0,11% com alta nos alimentos e queda na habitação

O IPCA-15 de janeiro apresentou variação de 0,11%, puxado pela alta nos preços dos alimentos, enquanto a queda na energia elétrica residencial ajudou a conter o avanço da inflação.
IPCA-15 de Novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 () registrou variação de 0,11% em janeiro de 2025, desacelerando em relação ao mês anterior, quando o índice havia subido 0,34%. Nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo IPCA-15 acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,71% registrados no período anterior.

A queda foi puxada pela no grupo de Habitação, que recuou -3,43%, enquanto Alimentação e Bebidas exerceram forte impacto positivo no índice, com alta de 1,06%.

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Evolução mensal do IPCA-15

Período Taxa (%)
Janeiro de 2025 0,11
Dezembro de 2024 0,34
Janeiro de 2024 0,31
Acumulado no ano 0,11
Acumulado em 12 meses 4,50

Fonte: IBGE


Grupos de maior impacto no IPCA-15 de janeiro

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram alta em janeiro, com destaque para o grupo Alimentação e Bebidas, que registrou aumento de 1,06%, contribuindo com 0,23 ponto percentual (p.p.) para o índice geral.

Já o grupo Habitação, com queda de -3,43%, teve o maior impacto negativo, reduzindo -0,52 p.p. da inflação mensal.

Grupo Variação (%) – Dezembro Variação (%) – Janeiro Impacto (p.p.) – Dezembro Impacto (p.p.) – Janeiro
Alimentação e Bebidas 1,47 1,06 0,31 0,23
Habitação -1,32 -3,43 -0,20 -0,52
Transportes 0,46 1,01 0,09 0,21
Saúde e Cuidados -0,05 0,64 -0,01 0,08
Comunicação 0,08 0,15 0,00 0,01

Fonte: IBGE


Análise dos principais setores

Alimentação e Bebidas

A seguiu em alta, puxada pelos aumentos expressivos em produtos essenciais, como o tomate, que subiu 17,12%, e o café moído, com alta de 7,07%.

Entretanto, alguns produtos apresentaram deflação, como a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%), que ajudaram a conter a alta no setor.

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro, refletindo menores aumentos nos preços de lanches e refeições.


Transportes

O grupo de Transportes registrou alta de 1,01%, com destaque para o aumento das passagens aéreas, que subiram 10,25%, exercendo forte pressão sobre o índice.

Os preços dos combustíveis também subiram, com destaque para:

  • Etanol (+1,56%)
  • Óleo diesel (+1,10%)
  • Gás veicular (+1,04%)
  • (+0,53%)

A tarifa de ônibus urbano variou de acordo com reajustes aplicados nas principais capitais do país, como:

Cidade Reajuste (%) Data de Aplicação
Belo Horizonte 9,52 1º de janeiro
Rio de Janeiro 9,30 5 de janeiro
São Paulo -4,24 6 de janeiro

Habitação

O grupo Habitação registrou queda significativa de -3,43%, impactado principalmente pela redução de 15,46% nas tarifas de energia elétrica residencial, devido ao do Bônus de Itaipu, incluído nas faturas de janeiro.

Outros itens do grupo, como taxa de água e esgoto, apresentaram alta de 0,86%, refletindo reajustes em várias capitais, como Rio de Janeiro (5,68%) e Porto Alegre (6,45%).


Inflação regional

Entre as capitais analisadas, Goiânia apresentou a maior variação, com alta de 0,53%, impulsionada pela elevação dos combustíveis. Já Porto Alegre registrou a única deflação, com queda de -0,13%, devido à redução na energia elétrica.

Região Peso (%) Variação Dezembro (%) Variação Janeiro (%) 12 Meses (%)
Goiânia 4,96 0,35 0,53 5,17
Belo Horizonte 10,04 0,41 0,13 5,41
São Paulo 33,45 0,36 0,09 4,73
Porto Alegre 8,61 0,27 -0,13 3,13

Fonte: IBGE


Expectativas para os próximos meses

Com a desaceleração observada em janeiro e a projeção de inflação controlada em 12 meses, a expectativa do mercado é de que o Banco Central mantenha uma postura cautelosa em relação à política de juros.

Os dados do IPCA-15 servem como um termômetro para as decisões futuras de e influenciam diretamente a percepção de risco do mercado financeiro.

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