Em Outubro, a zona euro registou um abrandamento notável no crescimento dos preços no consumidor, impulsionado principalmente pelo aumento das despesas em serviços e alimentação, de acordo com dados divulgados na sexta-feira pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE. A taxa de inflação homóloga nos 20 países que utilizam o euro desacelerou de 4,3% em Setembro para 2,9% em Outubro, com um aumento marginal de preços mensal em cadeia de 0,1%.
Os serviços, que constituem a maior parte da economia da zona euro, desempenharam um papel significativo no abrandamento da inflação. Os aumentos de preços neste setor contribuíram com 1,97 pontos percentuais para o número final da inflação homóloga. Além disso, os custos dos alimentos, do álcool e do tabaco aumentaram, contribuindo com mais 1,48 pontos percentuais para o valor global.
No entanto, a diminuição dos preços da energia teve um efeito de contrapeso, subtraindo 1,45 pontos ao número final da inflação. Já os bens industriais não energéticos somaram 0,9 ponto percentual.
O Banco Central Europeu, com o objectivo de manter a inflação em 2,0% no médio prazo, respondeu ao aumento dos preços implementando taxas de juro recordes. Embora esta medida se destine a conter a inflação, também está a ter impacto no crescimento económico global da zona euro.