A inflação na França acelerou mais do que o esperado em agosto, pois uma nova queda na inflação dos alimentos foi mais do que compensada pelos preços mais altos da energia, segundo dados oficiais preliminares harmonizados com a UE divulgados na quinta-feira.
Os preços ao consumidor da França atingiram uma taxa de inflação de 12 meses de 5,7%, ante 5,1% em julho, disse a agência de estatísticas INSEE.
Uma pesquisa do Reuters com 18 economistas teve uma previsão média para a taxa de inflação de 12 meses de 5,4%, com estimativas variando de 4,7% a 5,8%.
“Essa alta da inflação se deve à recuperação dos preços da energia. Os preços dos alimentos caíram (pelo quinto mês consecutivo), bem como os preços dos produtos manufaturados e serviços, em menor escala”, disse a agência de estatísticas.
Os preços dos alimentos subiram 11,1% em agosto, ante +12,7% em julho, enquanto os preços da energia, que caíram 3,7% no mês passado, subiram 6,8%.
Embora a diminuição da inflação dos alimentos seja uma notícia bem-vinda para o governo, que teme que os altos preços dos alimentos possam minar a frágil confiança do consumidor, ela ainda é quase o dobro da taxa de inflação geral.
Os altos preços dos alimentos são uma preocupação para todos os governos europeus, com varejistas e grupos de bens de consumo trocando culpas.
Depois de se encontrar com os principais varejistas na quarta-feira, o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, deve se reunir com seus fornecedores industriais na quinta-feira para discutir como acelerar as reduções de preços.
O aumento dos preços da energia foi devido a um aumento dos preços dos produtos petrolíferos e à retirada parcial dos tetos de preços na eletricidade, disse a Insee.
Ele também confirmou que a França, segunda maior economia da zona do euro, cresceu 0,5% nos três meses até o final de junho, após se expandir 0,1% no primeiro trimestre.