A inflação na Alemanha registrou um aumento ligeiramente maior do que o previsto, atingindo 2,8% em maio, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira. Essa elevação reflete que as pressões inflacionárias continuam presentes na maior economia da Europa.
Analistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 2,7%, após um aumento anual de 2,4% em abril, conforme dados harmonizados para comparação com outros países da União Europeia. A inflação núcleo, que exclui elementos mais voláteis como alimentos e energia, manteve-se alta em 3,0%, sem alteração em relação ao mês anterior.
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A Alemanha conseguiu evitar uma recessão no início deste ano, registrando um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre. A expectativa do governo é de um crescimento econômico de 0,3% em 2023 e 1,0% em 2025, com uma taxa de inflação de 2,4% em 2024. A recuperação econômica tem sido lenta, mas há esperanças de que o aumento dos gastos dos consumidores, impulsionado por um aumento recorde de 3,8% nos salários reais no primeiro trimestre, possa dar um impulso necessário à economia.
Economistas estão atentos aos dados inflacionários antes da divulgação das cifras da zona do euro na sexta-feira. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir as taxas de juros na próxima semana após uma série de aumentos que reduziram a inflação para pouco acima da meta de 2%. No entanto, o ritmo e a extensão das reduções dependerão da sustentabilidade da baixa inflação.
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Embora a queda nos preços de energia e alimentos tenha contribuído para aliviar a inflação este ano, a inflação núcleo permanece elevada. A ruptura dolorosa das importações de energia russa após a invasão da Ucrânia fez a inflação disparar para dígitos duplos, mas agora a perspectiva econômica alemã está um pouco mais clara.